Lucro da Via Varejo cai 26% no 1º trimestre
Dona das bandeiras Casas Bahia e Pontofrio, empresa teve lucro líquido de 71 milhões de reais no primeiro trimestre
Reuters
Publicado em 26 de abril de 2018 às 08h32.
Última atualização em 26 de abril de 2018 às 09h31.
São Paulo - A Via Varejo teve crescimento de dois dígitos da receita e nova evolução das margens no primeiro trimestre, mas o resultado foi ofuscado por uma queda no lucro, devido ao maior pagamento de impostos.
A dona das bandeiras Casas Bahia e Pontofrio anunciou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de 71 milhões de reais nos três primeiros meses do ano, queda de 26 por cento contra um ano antes. A companhia pagou 74 milhões de reais em imposto de renda, enquanto tivera um crédito de 11 milhões de reais nesta linha um ano antes.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de 407 milhões de reais no trimestre, 24,1 por acima de um ano antes. A margem Ebitda subiu 0,67 ponto percentual ano a ano, para 6,1 por cento, registrando o quinto trimestre sequencial de elevação.
A receita líquida subiu 10,5 por cento, para 6,62 bilhões de reais, com o faturamento das lojas físicas subindo 11,4 por cento, enquanto o dos canais online cresceu 6,4 por cento. As vendas na base mesmas lojas subiram 10,6 por cento.
As despesas com vendas, gerais e administrativas cresceram 12,4 por cento sobre um ano antes, para 1,76 bilhão de reais.
O grupo em fevereiro passou por um troca de comando, com Flávio Dias assumindo como presidente-executivo no lugar de Peter Estermann, que na sexta-feira assume a presidência do Grupo Pão de Açúcar.
De janeiro a março, a Via Varejo investiu 106 milhões de reais, montante que envolveu a abertura de 12 lojas e a reforma de outras 16. O plano da companhia é de abrir até 80 lojas neste ano.
A empresa fechou março com 2,5 bilhões de reais em recebíveis não descontados, declínio de 114 milhões de reais em relação a um ano antes.
O índice de inadimplência no crediário acima de 90 dias ficou em 7,5 por cento, ante 7,7 por cento no primeiro trimestre de 2017. Já o índice de 15 a 90 dias ficou estável em 16,3 por cento.