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Kodak do Brasil assume fabricação mundial de papel P

Junji Yamamoto, presidente da Kodak Brasil, está otimista mesmo com o anúncio de reestruturação feito pela companhia lá fora. São muitos planos para o país, que assume este ano a produção mundial de papel fotográfico preto e branco da companhia - que vai sair da fábrica de São José dos Campos (SP) para o mundo. […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Junji Yamamoto, presidente da Kodak Brasil, está otimista mesmo com o anúncio de reestruturação feito pela companhia lá fora. São muitos planos para o país, que assume este ano a produção mundial de papel fotográfico preto e branco da companhia - que vai sair da fábrica de São José dos Campos (SP) para o mundo.

"Ao invés de demissão, eu quero admissão", disse Yamamoto ao Plantão INFO. "Temos chances altíssimas de minimizarmos bastante os cortes anunciados lá fora". A Kodak anunciou ontem (22) que vai despedir entre 12 mil e 15 mil pessoas em todo o mundo nos próximos três anos.

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Sobre os cortes, o presidente para o Brasil disse que cada subsidiária deve criar seu próprio plano de reestruturação, e que do país está sendo montado. "Ainda não há o que falar sobre isso, mesmo porque estamos com planos de crescimento. Por exemplo: vamos incrementar a exportação de papel fotográfico colorido para Ásia. Além do mais, o país apresenta um potencial enorme de crescimento em câmeras analógicas (de 35 mm), principalmente entre as classes C, D e E", acredita Yamamoto.

Segundo o executivo, a idéia é incentivar o hábito da fotografia entre os brasileiros, ainda muito fraco. "Nós gastamos, em média, meio rolo de filme por pessoa ao ano por aqui. No Japão, essa média é de quatro rolos. É oito vezes mais!", conta, exemplificando: "Aqui as pessoas não dão câmeras como presente de casamento, por exemplo. É lógico que os noivos iriam achar muito útil tirar fotos da viagem".

A Kodak é uma das empresas que estão organizando (com a Associação Brasileira da Indústria Fotográfica -Abinf e da Seafesp, que representa os lojistas do setor) uma campanha nacional pró-fotografia que vai envolver muita propaganda, cursos gratuitos, ações educacionais e acordos para tornar os preços das câmeras acessíveis a todas as classes sociais. "Vamos aumentar o bolo do mercado, e vai sobrar uma fatia grande para cada um", explica Yamamoto. "Aqui, ainda dá para crescer muito tanto na fotografia analógica quanto na digital".

Outra estratégia que está gerando empregos para a Kodak Brasil foi a transferência da importação das câmeras de 35 mm do México para a China. Com isso, agora as câmeras são embaladas por aqui, com colocação de filme e todo o processo necessário para chegar às lojas. Antes, os kits vinham já prontos do México. "Além de criarmos empregos com isso, conseguimos reduzir o custo das máquinas em cerca de 35% e caiu também o ciclo do pedido", diz o executivo.

Aqui no país, a Kodak emprega hoje no Brasil 1 230 pessoas. A companhia produz filmes, papéis fotográficos, filmes para raio-X e fotoquímicos em geral (como revelador) em São José dos Campos. Tem ainda outra fábrica, em Manaus, que cuida só do acabamento dos produtos.

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