José Carlos Aguilera será o novo presidente da Brasil Ecodiesel
Entre 2008 e 2009, executivo comandou a reestruturação da empresa
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2010 às 16h01.
São Paulo - O executivo José Carlos Aguilera vai assumir a presidência da Brasil Ecodiesel. A decisão foi tomada ontem (30/9) em reunião do conselho de administração da companhia e será oficializada pela empresa nas próximas semanas. Ele substituirá Eduardo de Come, que ocupava interinamente o cargo. Há duas semanas, o presidente da companhia, Mauro Cerchiari, e o diretor de relações com investidores, Charles Mann, foram demitidos. Procurada, a Brasil Ecodiesel não comentou a notícia.
O empresário Silvio Tini, um dos principais acionistas da Brasil Ecodiesel, confirmou à EXAME a indicação do executivo ao cargo. Disse, no entanto, que sua contratação ainda não está formalizada. Tini detém, por meio da Bonsucex Holding, cerca de 10% do capital da Brasil Ecodiesel e dois assentos no conselho de administração da companhia.
Ex-sócio da consultoria Galeazzi, especializada em recuperação de empresas, Aguilera já havia sido presidente da Brasil Ecodiesel entre abril de 2008 e agosto de 2009. O executivo deixou a companhia com o fim do processo de reestruturação financeira, que permitiu nova capitalização e a conversão de dívidas dos bancos BMG, Fator, Bradesco e Fibra em ações. Juntos, eles passaram a deter 14,2% em ações da Brasil Ecodiesel, reunidas no fundo Neo Biodiesel.
Reestruturação
O retorno de Aguilera coincide com o processo de reorganização acionária da companhia, atualmente em curso. O fundo Arion Capital, que tem como principal investidor o espanhol Enrique Bañuelos, negocia sua entrada no capital da empresa, com a compra das ações do fundo Neo Biodiesel. A ideia é que, num segundo momento, os ativos da Brasil Ecodiesel sejam integrados aos da Maeda, uma das maiores produtoras de algodão e grãos do país, adquirida pela Arion Capital em maio.
A missão de Aguilera é justamente conduzir o processo de integração e de reestruturação das duas empresas. "Aguilera comandou a Brasil Ecodiesel num momento em que ela estava numa pindaíba danada. Agora vai poder mostrar que pode fazer um bom trabalho em seu desenvolvimento e na eventual integração com os ativos da Maeda ou com os de qualquer outra empres", diz Silvio Tini.
Segundo o executivo, a fusão entre a Brasil Ecodiesel e Maeda não está acertada, mas os acionistas sabem que o futuro da empresa está em sua união com outras companhias do setor. "Foi um longo período de sofrimento para colocar a Brasil Ecodiesel novamente na linha. A empresa agora está limpa e pronta para expandir-se", afirmou Tini.
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