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Jornada de trabalho não precisa ter 8 horas, diz Larry Page

Em bate-bapo com o também fundador do Google, Sergey Brin, e o criador da Khosla Ventures, Vinod Khosla, Page disse que empresas têm condições de reduzir expediente


	Larry Page: "ideia de que todo mundo precisa trabalhar freneticamente não é verdadeira"
 (Getty Images)

Larry Page: "ideia de que todo mundo precisa trabalhar freneticamente não é verdadeira" (Getty Images)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 7 de julho de 2014 às 14h47.

São Paulo - Para Larry Page, fundador e presidente do Google, o expediente de trabalho de oito horas diárias está ultrapassado — para as empresas e, principalmente, para os funcionários. 

A afirmação foi feita durante um bate-papo entre Page, seu colega e co-fundador da gigante de tecnologia, Sergey Brin, e o criador da Khosla Ventures, Vinod Khosla, na semana passada. A conversa foi divulgada nesta segunda pelo site Mashable

Para Page, com uma reflexão mais profunda, é possível perceber que não é muito difícil para alguém conseguir as principais coisas de que precisa para ser feliz, como moradia, segurança e oportunidades para os filhos.

"A quantidade de recursos que nós precisamos para conseguir isso, a quantidade de trabalho que nós realmente precisamos dedicar a isso é muito pequena. Eu digo que, atualmente, é menor que 1%. Então, a ideia de que todo mundo precisa trabalhar freneticamente para atender as necessidades das pessoas simplesmente não é verdadeira", disse. 

Ele defende, então, que as horas de trabalho semanais podem ser reduzidas, e que empregos de tempo integral podem ser dissolvidos em vários trabalhos de jornada parcial. 

"A maioria das pessoas, se você perguntar: 'você gostaria de uma semana extra de férias?', vai levantar a mão. Cem por cento delas. Duas semanas de férias, ou uma jornada de trabalho de quatro horas diárias? Todo mundo vai levantar a mão", afirmou.

"Grande parte das pessoas gosta de trabalhar, mas também curte ter mais tempo para suas famílias ou para perseguir seus próprios interesses. Então, essa seria uma forma de lidar com o problema: reduzir o expediente de uma maneira coordenada. E, então, se você tiver um pouco menos de trabalho, é possível fazer ajustes e as pessoas continuarão a ter seus empregos", completou. 

O Google já permite que seus funcionários dediquem 20% do expediente a projetos em que acreditam e que podem ser positivos para a empresa, além de oferecer uma licença não-remunerada de três meses para que eles pratiquem atividades que gostam fora da empresa.  

Nessa linha, não seria absurdo apostar que uma jornada de trabalho reduzida pode ser o próximo benefício concedido pela companhia à sua equipe. 

Veja no vídeo a conversa completa, em inglês:
 

//www.youtube.com/embed/Wdnp_7atZ0M

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