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Johnson & Johnson anuncia demissões para compensar vendas menores

Medidas visam economizar até US$ 1,6 bilhão

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 19h22.

Duas semanas após rebaixar sua expectativa de vendas para 2007, a Johnson & Johnson (J&J) anunciou, nesta terça-feira (31/7), que pretende demitir de 3% a 4% de sua força de trabalho neste ano. A companhia emprega cerca de 122.000 pessoas em todo o mundo. As demissões devem gerar uma economia de até 1,6 bilhão de dólares no próximo ano, e a maior contribuição virá da divisão farmacêutica. Os custos da reestruturação devem variar de 550 milhões a 750 milhões de dólares neste segundo semestre.

"Essas medidas nos permitirão continuar investindo no crescimento futuro e na rentabilidade", afirmou o presidente do conselho de administração da J&J, William Weldon, em um comunicado ao mercado. De acordo com o americano The Wall Street Journal, apesar das demissões, a companhia manteve as expectativas de lucro deste ano - de 4,02 dólares a 4,07 dólares por ação, excluindo taxas e impostos.

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Em 18 de julho, quando divulgou os resultados do segundo trimestre, a empresa alertou os investidores de que as vendas não crescerão os 5% previstos inicialmente para o ano. O primeiro motivo é a esperada queda nas vendas do Procrit, medicamento anti-anemia. Em março, a Food and Drug Administration (FDA), órgão do governo americano responsável pela fiscalização da indústria farmacêutica e de alimentos, alertou os consumidores de que o Procrit eleva o risco de câncer e de doenças cardíacas em determinadas situações.

A J&J também deve sofrer, nos próximos anos, com a expiração de patentes de diversos produtos, o que acirrará a concorrência. Para manter-se competitiva, a companhia planeja requerer de sete a dez patentes de novas substâncias entre 2008 e 2010 junto ao FDA.

No Brasil, a J&J mantém operações desde 1933. Atualmente, emprega cerca de 4.500 funcionários. Sua produção está concentrada, desde 1954, no Parque Industrial J&J, na cidade paulista de São José dos Campos. Em nota, a empresa afirmou que as operações no país não serão afetadas. Leia, a seguir, a íntegra do comunicado:

"Não haverá cortes no Brasil em decorrência dessa decisão. Entre as medidas adotadas, está o aumento das vendas fora dos Estados Unidos através de investimentos em mercados de alto crescimento como Brasil, Rússia, Índia, China e Turquia. Além disso, também está prevista a expansão em mercados em desenvolvimento nos quais a empresa tem pouca representatividade."

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