James Murdoch nega ter sido informado sobre escutas ilegais
Filho de Rupert Murdoch é acusado de ter sido avisado sobre um e-mail que denunciava a prática no tabloide News of the World
Da Redação
Publicado em 6 de setembro de 2011 às 17h07.
Londres - O presidente do grupo de comunicação "News International", James Murdoch, negou nesta terça-feira que executivos do News of the World o informaram, em 2008, sobre a existência de um e-mail com dados sobre a prática de escutas ilegais para a obtenção de informações exclusivas.
Filho do magnata Rupert Murdoch, James rebateu o depoimento do antigo advogado-chefe do tabloide, Tom Crone, e do ex-diretor Colin Myler, prestado horas antes a uma comissão parlamentar. Na ocasião, eles asseguraram ter conversado com James sobre o e-mail, ao pedir autorização para fazer um acordo extrajudicial com uma vítima das escutas.
O envolvido seria o executivo-chefe da Associação de Jogadores Profissionais, Gordon Taylor, que tinha denunciado ser vítima da prática ilegal. A ideia era que a compensação financeira compraria o silêncio de Taylor e que o caso seria apresentado como fato isolado.
O conteúdo do e-mail, intitulado "Para Neville", informa que o principal repórter do tabloide, Neville Thurlbeck, destinatário da mensagem, sabia dessas práticas ilegais. Em 2007, o repórter responsável pela cobertura da família real, Clive Goodman e o detetive Glenn Mulcaire já haviam sido presos por obter informações de forma ilegal.
Em depoimento em julho à mesma Comissão de Cultura e Meios de Comunicação, James Murdoch apresentou a versão de que até o aparecimento de novos processos, no final de 2010, achava que a prática de fazer escutas ilegais era isolada.
Nesta terça-feira, ele manteve sua posição e disse que Myler e Crone não lhe mostraram o e-mail em questão quando se reuniram em 2008 para combinar a indenização a Taylor. "Mantenho meu testemunho, que é um relato fiel dos eventos", declarou.
De acordo com ele, Myler e Crone justificaram que Mulcaire, profissional do jornal que já tinha admitido acusações de interceptação de mensagens, tinha atuado de forma solitária em nome do tabloide.
"Fui informado, pela primeira vez, que Mulcaire havia feito essas interceptações para o News of the World, por isso era conveniente indenizar a vítima", disse. "Nem Myler nem Crone me disseram que prática se estendia além de Goodman ou Mulcaire", acrescentou.
Com a divergência entre as declarações, o filho do magnata Rupert Murdoch pode voltar a ser convidado para depor na comissão.
Londres - O presidente do grupo de comunicação "News International", James Murdoch, negou nesta terça-feira que executivos do News of the World o informaram, em 2008, sobre a existência de um e-mail com dados sobre a prática de escutas ilegais para a obtenção de informações exclusivas.
Filho do magnata Rupert Murdoch, James rebateu o depoimento do antigo advogado-chefe do tabloide, Tom Crone, e do ex-diretor Colin Myler, prestado horas antes a uma comissão parlamentar. Na ocasião, eles asseguraram ter conversado com James sobre o e-mail, ao pedir autorização para fazer um acordo extrajudicial com uma vítima das escutas.
O envolvido seria o executivo-chefe da Associação de Jogadores Profissionais, Gordon Taylor, que tinha denunciado ser vítima da prática ilegal. A ideia era que a compensação financeira compraria o silêncio de Taylor e que o caso seria apresentado como fato isolado.
O conteúdo do e-mail, intitulado "Para Neville", informa que o principal repórter do tabloide, Neville Thurlbeck, destinatário da mensagem, sabia dessas práticas ilegais. Em 2007, o repórter responsável pela cobertura da família real, Clive Goodman e o detetive Glenn Mulcaire já haviam sido presos por obter informações de forma ilegal.
Em depoimento em julho à mesma Comissão de Cultura e Meios de Comunicação, James Murdoch apresentou a versão de que até o aparecimento de novos processos, no final de 2010, achava que a prática de fazer escutas ilegais era isolada.
Nesta terça-feira, ele manteve sua posição e disse que Myler e Crone não lhe mostraram o e-mail em questão quando se reuniram em 2008 para combinar a indenização a Taylor. "Mantenho meu testemunho, que é um relato fiel dos eventos", declarou.
De acordo com ele, Myler e Crone justificaram que Mulcaire, profissional do jornal que já tinha admitido acusações de interceptação de mensagens, tinha atuado de forma solitária em nome do tabloide.
"Fui informado, pela primeira vez, que Mulcaire havia feito essas interceptações para o News of the World, por isso era conveniente indenizar a vítima", disse. "Nem Myler nem Crone me disseram que prática se estendia além de Goodman ou Mulcaire", acrescentou.
Com a divergência entre as declarações, o filho do magnata Rupert Murdoch pode voltar a ser convidado para depor na comissão.