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Itaú vê unidade de cartões Rede lucrativa após decisão de zerar taxas

Após o movimento do Itaú, as ações de empresas de meios de pagamentos como a Cielo, a PagSeguro Digital e a StoneCo despencaram

(Thinkstock/alice-photo/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 19 de abril de 2019 às 17h27.

Última atualização em 20 de abril de 2019 às 12h50.

São Paulo - Maior banco privado do Brasil, o Itaú Unibanco disse que a unidade de cartões Rede continuará sendo lucrativa, mesmo após a decisão de zerar as taxas de antecipação de recebíveis e pagar os comerciantes que usam suas máquinas em dois dias, disse um executivo do banco na noite de quinta-feira.

O presidente-executivo da Rede, Marcos Magalhães, afirmou à Reuters que a empresa decidiu proceder com os pagamentos aos comerciantes em apenas dois dias em comparação a um prazo normal de 30 dias, a fim de reduzir a diferença existente em relação às práticas internacionais. A decisão começa a valer em 2 de maio e inclui taxa zero para antecipação de recebíveis.

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O executivo, sem entrar em detalhes, afirmou que a Rede espera expandir os negócios com clientes atuais e atrair novos comerciantes para adicionar receitas e compensar sua nova política de antecipação de recebíveis. Ele acrescentou que não haverá mudança de preço em outros serviços prestados pela Rede para os comerciantes.

Após o movimento do Itaú, as ações de empresas de meios de pagamentos como a Cielo, a PagSeguro Digital e a StoneCo despencaram, conforme seus lucros tendem a cair se decidirem seguir a nova prática da Rede para reter seus clientes.

Magalhães afirmou que a decisão do banco não é uma promoção de vendas por tempo limitado, mas um novo modo de trabalhar com pequenas e médias empresas. O segmento corresponde a 94 por cento da carteira de clientes do Itaú.

Na quinta-feira, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) enviou ao Itaú Unibanco um ofício pedindo explicações sobre o anúncio feito pela Rede até 3 de maio. Magalhães se recusou a comentar sobre o assunto.

*Alteração 20/04, às 12h49: corrige parágrafos 2 e 3 da matéria publicada na sexta-feira para refletir que o diretor-presidente se refere à Rede, não ao Itaú

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