IPI reduz em 10% vendas da Fiat no Brasil e na AL
Balanço divulgado na noite de terça-feira, 6, pela montadora italiana mostra que a Fiat entregou 171 mil carros no primeiro trimestre de 2014 no Brasil
Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2014 às 15h50.
Londres - A queda no movimento das concessionárias de veículos no Brasil já aparece nos números das grandes montadoras .
O balanço do primeiro trimestre da italiana Fiat mostra que as vendas no Brasil caíram 10% na comparação com igual período do ano passado.
Com isso, o Brasil derrubou o desempenho da filial da América Latina e a região amargou o pior resultado entre todas as subsidiárias da companhia no mundo. O fim dos incentivos tributários é o motivo dessa piora, diz a empresa.
Balanço divulgado na noite de terça-feira, 6, pela montadora italiana mostra que a Fiat entregou 171 mil carros no primeiro trimestre de 2014 no Brasil.
O volume é cerca de 20 mil veículos inferior ao registrado em igual período do ano passado. A empresa explicou em teleconferência que essa retração foi gerada especialmente pelo fim dos incentivos tributários concedidos pelo governo.
"Principalmente pela primeira etapa do retorno às antigas alíquotas do IPI ", diz o balanço, ao comentar o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no início do ano.
A contração sentida pela Fiat, porém, é bem maior que a observada no restante do mercado. Segundo a própria montadora, as vendas do setor automobilístico caíram 2% no mercado brasileiro no trimestre.
Além de menos clientes das lojas, outro motivo que prejudicou o resultado da companhia foi a desvalorização cambial - fenômeno que também afetou outras filiais latino-americanas.
Segundo o balanço, os custos industriais aumentaram em toda a região porque os insumos importados ficaram mais caros na moeda local e houve aumento de custos domésticos via inflação.
Ainda nos custos, a montadora também registrou alta das despesas relacionadas à nova fábrica no Estado de Pernambuco.
A empresa nota, porém, que lançou produtos no Brasil. Após a campanha promocional, os novos modelos Strada e Fiorino, por exemplo, registraram aumento das vendas de 42% e 64% no trimestre, respectivamente.
O esforço comercial, porém, aconteceu com a redução de preços ao consumidor. A medida reduziu parte da margem nessas linhas, diz o balanço.
Mundo
Com o fraco desempenho no Brasil e na Argentina - onde as vendas caíram 13% - foram entregues 205 mil veículos na América Latina no primeiro trimestre.
O volume é 10,9% menor do que o registrado há um ano. Na Fiat, a filial do México faz parte do balanço da filial América do Norte.
Com esse resultado, a América Latina foi a única região em que a Fiat vendeu menos carros no começo deste ano.
Nas demais áreas, a entrega de carros aumentou 68,8% na Ásia e Pacífico, 14,7% na América do Norte e 5,7% na Europa, Oriente Médio e África.
Ao contrário da queda vista no Brasil, as vendas aumentaram em praticamente todos os outros países.
Entre os grandes mercados da Fiat, o volume de carros entregues pela montadora saltou 58% na China, 39% na Espanha, 17% nos Estados Unidos e, após 10 trimestres seguidas de queda, voltou a crescer 17% na sede italiana.
Londres - A queda no movimento das concessionárias de veículos no Brasil já aparece nos números das grandes montadoras .
O balanço do primeiro trimestre da italiana Fiat mostra que as vendas no Brasil caíram 10% na comparação com igual período do ano passado.
Com isso, o Brasil derrubou o desempenho da filial da América Latina e a região amargou o pior resultado entre todas as subsidiárias da companhia no mundo. O fim dos incentivos tributários é o motivo dessa piora, diz a empresa.
Balanço divulgado na noite de terça-feira, 6, pela montadora italiana mostra que a Fiat entregou 171 mil carros no primeiro trimestre de 2014 no Brasil.
O volume é cerca de 20 mil veículos inferior ao registrado em igual período do ano passado. A empresa explicou em teleconferência que essa retração foi gerada especialmente pelo fim dos incentivos tributários concedidos pelo governo.
"Principalmente pela primeira etapa do retorno às antigas alíquotas do IPI ", diz o balanço, ao comentar o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no início do ano.
A contração sentida pela Fiat, porém, é bem maior que a observada no restante do mercado. Segundo a própria montadora, as vendas do setor automobilístico caíram 2% no mercado brasileiro no trimestre.
Além de menos clientes das lojas, outro motivo que prejudicou o resultado da companhia foi a desvalorização cambial - fenômeno que também afetou outras filiais latino-americanas.
Segundo o balanço, os custos industriais aumentaram em toda a região porque os insumos importados ficaram mais caros na moeda local e houve aumento de custos domésticos via inflação.
Ainda nos custos, a montadora também registrou alta das despesas relacionadas à nova fábrica no Estado de Pernambuco.
A empresa nota, porém, que lançou produtos no Brasil. Após a campanha promocional, os novos modelos Strada e Fiorino, por exemplo, registraram aumento das vendas de 42% e 64% no trimestre, respectivamente.
O esforço comercial, porém, aconteceu com a redução de preços ao consumidor. A medida reduziu parte da margem nessas linhas, diz o balanço.
Mundo
Com o fraco desempenho no Brasil e na Argentina - onde as vendas caíram 13% - foram entregues 205 mil veículos na América Latina no primeiro trimestre.
O volume é 10,9% menor do que o registrado há um ano. Na Fiat, a filial do México faz parte do balanço da filial América do Norte.
Com esse resultado, a América Latina foi a única região em que a Fiat vendeu menos carros no começo deste ano.
Nas demais áreas, a entrega de carros aumentou 68,8% na Ásia e Pacífico, 14,7% na América do Norte e 5,7% na Europa, Oriente Médio e África.
Ao contrário da queda vista no Brasil, as vendas aumentaram em praticamente todos os outros países.
Entre os grandes mercados da Fiat, o volume de carros entregues pela montadora saltou 58% na China, 39% na Espanha, 17% nos Estados Unidos e, após 10 trimestres seguidas de queda, voltou a crescer 17% na sede italiana.