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Impasse envolvendo Shell e Basf continua sem solução

A disputa entre as empresas e ex-trabalhadores contaminados ainda não terminou em acordo


	Shell: o processo, que também envolve a Basf, conta com indenizações que superam R$ 1 bilhão
 (Shaun Curry/AFP)

Shell: o processo, que também envolve a Basf, conta com indenizações que superam R$ 1 bilhão (Shaun Curry/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2013 às 22h45.

Brasília – Terminou sem acordo a nova audiência ocorrida hoje (4), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), entre representantes das empresas Shell e Basf e ex-empregados contaminados por componentes químicos de uma indústria em Paulínia, em São Paulo, no que é considerado o maior processo da Justiça do Trabalho, com indenizações que superam R$ 1 bilhão.

Mediador dos debates, o presidente do TST, João Oreste Dalazen, marcou mais uma audiência para amanhã (5), às 11h. O ministro pretende concluir a negociação de um acordo antes de deixar a presidência do TST. A cerimônia de saída de Dalazen está marcada para a parte da tarde no tribunal.

Nas indenizações individuais, chegou-se a um acordo para pagamento de 70% do total da soma de R$ 64,5 mil por trabalhador mais R$ 20 mil por ano trabalhado na empresa. A discussão que restou é sobre a incidência ou não de juros. As empresas propuseram tratamento médico vitalício para 884 pessoas, enquanto os trabalhadores pedem que o número suba para 1.068.

O único consenso aparente é a redução dos danos coletivos de R$ 250 milhões para R$ 200 milhões. Do total, R$ 50 milhões iriam para a construção de uma maternidade, R$ 90 milhões para o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) da prefeitura de Paulínia e R$ 60 milhões para a Fundacentro, entidade de pesquisa sobre saúde e segurança do trabalhador.

Sem acordo nos pontos mais polêmicos, representantes das empresas pediram mais tempo para levar as propostas às sedes das multinacionais, alegando que elas estão em países com fusos horários diferentes. Se não houver consenso na audiência de amanhã, o caso vai a julgamento no TST.

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