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iFood lança meta: 50% de mulheres e 30% de negros na liderança em 2023

Gustavo Vitti, vice-presidente de pessoas e soluções sustentáveis no iFood, explica quais ações já são realizadas e como plano é desenvolvido para o cumprimento da meta de diversidade e inclusão

Escritorio do Ifood em Osasco SP (Leandro Fonseca/Exame)

Marina Filippe

Publicado em 20 de maio de 2021 às 10h00.

Última atualização em 20 de maio de 2021 às 10h57.

O iFood acaba de anunciar metas de diversidade e inclusão de raça e gênero para os próximos três anos. A intenção é que até dezembro de 2023 metade dos cargos de liderança sejam ocupados por mulheres , além de 35% na alta liderança. Já em equidade racial, o objetivo é ter 30% entre os líderes e 40% no quadro total de funcionários.

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"Somos uma plataforma para todas as pessoas e precisamos refletir a diversidade do País. A divulgação de metas faz parte de uma jornada para ir além dos privilégios e construir ambientes inclusivos para grupos socialmente minorizados. É uma questão social e também de negócio", diz Gustavo Vitti, vice-presidente de pessoas e soluções sustentáveis no iFood.

Desde janeiro de 2020, o iFood tem promovido uma série de campanhas de educação e conscientização para os funcionários. As campanhas, chamadas “Além De”, trazem discussões sobre diversidade e inclusão para além das datas homenageadas, como por exemplo, o Mês da Diversidade, das Mulheres e da Consciência Negra. A empresa desenvolve programas e treinamentos de conscientização sobre privilégios, vieses inconscientes e liderança inclusiva. Há ainda programas de aceleração de grupos minorizados. Dois dos programas são o Mentoria para pessoas negras e o Agora é que são elas.

"Com esses programas percebemos que além de aumentar o indicador quantitativo é preciso promover segurança psicológica de todos. Por isso, contratamos uma consultoria que nos ajudou a construir um índice que mede o sentimento destes grupos em relação ao trabalho", diz Vitti.

Segundo o executivo, as ações têm dado resultado. "Hoje as mulheres são 37% da liderança e em 2019 eram 28%. A população negra era de 14% e avançou para 19% neste nível hierarquico, e no quadro geral subiu de 21% para 29% também no mesmo período. Com os indicadores entendemos que as metas que anunciamos são possíveis e que devem ser cumpridas com urgência".

Gestão

Para realizar as ações, a equipe do iFood entendeu que é preciso uma governança forte no tema. Há pessoas exclusivamente dedicadas a atração e retenção de talentos diversos, além de um constante mapeamento de processos que podem melhorar. Um exemplo ocorre quando a tecnologia é usada para se ter mais equidade salarial e progressão. A plataforma criou um algoritmo que corrige distorções na avaliação de desempenho, na remuneração e na promoção, com base em gênero e raça. O algoritmo, que já foi utilizado duas vezes, conseguiu identificar e corrigir vieses de gênero e raciais nas avaliações.

Além disso, a empresa conta com grupos de afinidade de gênero, raça, LGBTI+, pessoa com deficiência e corpo livre, na qual os funcionários podem debater um plano de execução, que gera iniciativas como subsídio para curso de idiomas, adaptações nas licenças parentais e apoio jurídico e psicológico para funcionários transgênero.

Para fora de casa

O iFood não tem trabalhado sozinho e conta com iniciativas de diversidade do mercado como o Fórum e o Prêmio  ID_BR (Sim à Igualdade Racial), a Mais Diversidade, a Transempregos, a Indique uma Preta, Empregue Afro, entre outras organizações.

Além disso, para aumentar o número de funcionários de grupos socialmente minorizados no mercado de tecnologia é preciso também formar. "Sabemos que apenas 15% do mercado é formado por pessoas negras e não podemos buscá-las em outras companhias apenas. É preciso um trabalho ativo de formação. Nossas metas de inclusão dialogam diretamente com os compromissos de formar 25 mil profissionais na área de tecnologia e impactar 10 milhões de pessoas", diz Vitti.

O iFood faz iniciativas com o Vamo AI, programa de formação de analistas de dados, em parceria com a Resilia, voltado para pessoas entregadoras, mulheres e negros, e o Reprograma, programa de capacitação profissional de tecnologia para mulheres cis e trans em situações de vulnerabilidade. Segundo o executivo, entregadores do iFood também participam dos programas e são os primeiros a saberem das vagas. "Temos programadores que antes foram nossos entregadores e puderam se formar sem custos".

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