São Paulo - O HSCB pagará 40 milhões de dólares às autoridades de Genebra para encerrar as investigações sobre possíveis crimes de lavagem de dinheiro do qual é alvo.

O banco teria ajudado, desde 2007, mais de 100.000 clientes a abrirem contas na Suíça para, assim, fugirem do controle de seus países e não pagarem impostos.

Em uma declaração emitida hoje, a instituição diz que pagará a compensação por não ter conseguido evitar os desvios ilegais.

Com o depósito, a investigação será arquivada pela Justiça de Genebra.

O caso

As investigações do caso batizado de Swissleaks foram iniciadas em fevereiro depois de uma denúncia feita por uma rede de jornais.

Uma operação de busca e apreensão foi feita na sede do banco e em alguns de seus escritórios pela Justiça de Genebra.

Mais de 8.700 das contas investigadas teriam alguma relação com brasileiros, entre eles artistas, políticos, empresários e ex-funcionários da Petrobras. 

Apenas em 2006, 5,4 bilhões de dólares em depósitos foram feitos por pessoas do país na filial do banco na Suíça. 

O swissleaks acabou por revelar a fragilidade, não apenas do HSBC, mas do sistema financeiro suíço e mostrou que há anos dinheiro ilegal era enviado para lá.

Por meio de comunicado, o HSB afirma que no caso do HSBC Private Bank Suiça, a investigação foi formalmente encerrada sem a imposição de uma multa.

"A investigação foi encerrada pela falta de evidencias que justificassem ações criminais e o banco pagará 40 milhões de francos suíços para as autoridades de Genebra como compensação por deficiências organizacionais passadas.”

À venda

No Brasil, a operação do HSBC está à venda. Santander, Bradesco e ItaúUnibanco são os principais interessados na parte brasileira do banco, que inclui ativos de R$ 167,9 bilhões.

O valor de mercado do negócio brasileiro é estimado em até 10 bilhões de dólares e atrai pela capilaridade do banco no país, já que envolve uma carteira de mais de 4 milhões de clientes ativos e 853 agências.