Exame Logo

Guatemala reivindicará mais de US$ 70 milhões da Odebrecht

Segundo ministro, foi solicitado à construtora desde o ano passado as fianças da obra na CA-2 Ocidente, mas "o tempo passou e não nos entregaram"

Odebrecht: "Esperamos seguir, mas com a Odebrecht a decisão já está tomada e vamos reivindicar nossos direitos" (Carlos Jasso/Reuters)
E

EFE

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 21h57.

Cidade da Guatemala - O governo da Guatemala anunciou nesta segunda-feira que exigirá da Odebrecht as duas fianças adquiridas para a construção de uma estrada abandonada, uma quantia que poderia chegar a mais de US$ 70 milhões.

O ministro de Comunicações, Infraestrutura e Moradia da Guatemala, Aldo García, afirmou que se solicitou à construtora brasileira desde o ano passado as fianças de consolidação da obra na CA-2 Ocidente, mas "o tempo passou e não nos entregaram".

Veja também

"Esperamos seguir, mas com a Odebrecht a decisão já está tomada e vamos reivindicar nossos direitos", disse o ministro, que detalhou que se trata de duas fianças, uma de cumprimento por US$ 38 milhões e outra de antecipação pela mesma quantia.

Embora ambas somem US$ 76 milhões, o governo deve agora ver "quanto amortizaram" da obra para reduzir a quantia da fiança de cumprimento.

O ministro anunciou que o governo está trabalhando com a Controladoria Geral de Contas e a Procuradoria Geral da Nação para ver como finalizar esta obra de 140 quilômetros que ficou pela metade.

Segundo um relatório do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou US$ 788 milhões em subornos em 12 países, entre eles a Guatemala, onde distribuiu US$ 17,9 milhões entre funcionários públicos entre os anos 2013 e 2015.

A Odebrecht, que colabora com as autoridades guatemaltecas na investigação deste caso pelo qual foram detidas várias pessoas, se comprometeu a devolver os US$ 17,9 milhões à Guatemala.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoGuatemalaNovonor (ex-Odebrecht)Operação Lava Jato

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame