Rio de Janeiro - A GOL, segunda maior empresa aérea brasileira em participação de mercado, conseguiu reduzir seu prejuízo no terceiro trimestre deste ano em 36,3 por cento em relação a igual período do ano passado.

A companhia teve um resultado negativo de 197 milhões de reais no terceiro trimestre, ante perdas de 309,4 milhões de reais entre julho e setembro de 2012, informou nesta terça-feira.

A redução dá sequência ao recuo do prejuízo da companhia no segundo trimestre, quando ficou quase 40 por cento menor em relação a igual período de 2012.

Os resultados vêm recebendo impulsos de aumento de preços de passagens e redução de custos depois que a empresa cortou voos e funcionários.

No terceiro trimestre, o yield (indicador de preços de passagens aéreas) cresceu 28,4 por cento na comparação anual, e assim o crescimento da receita, indicador conhecido no setor como "Prask", subiu 21,1 por cento na mesma base de comparação.

"Para os próximos meses, enxergamos menor crescimento de Prask e yield dado a forte base de comparação de igual período no ano passado", disse a GOL em seu relatório de resultados.

Impulsionada pelo avanço do Prask, a receita líquida trimestral registrou crescimento de 12,2 por cento na comparação anual, para 2,23 bilhões de reais, diante de um cenário de redução de oferta no mercado doméstico de 7 por cento.

O resultado financeiro da companhia foi de 186,8 milhões de reais negativos, alta de 140,3 por cento ante 2012, afetado pelos resultados de hedge, que totalizaram uma despesa de 40,9 milhões de reais frente a uma receita de 43,8 milhões de reais no mesmo trimestre de 2012, disse a GOL.

Houve, porém, melhora do resultado operacional (Ebit), que atingiu 37 milhões de reais no terceiro trimestre, ante prejuízo de 200,7 milhões de reais um ano antes.

O Ebitdar (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e leasing de aeronaves)cresceu 287,3 por cento na mesma base de comparação, a 372,5 milhões de reais.