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GM construirá fábrica para exportação

O investimento de 240 milhões de dólares que a General Motors (GM) fará em sua fábrica de Gravataí, no Rio Grande do Sul, foi detalhado esta manhã no Palácio Piratini, em Porto Alegre, pelo chairman e presidente mundial da GM Corporation, Rick Wagoner. Os planos da montadora americana são expandir a capacidade produtiva do complexo […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

O investimento de 240 milhões de dólares que a General Motors (GM) fará em sua fábrica de Gravataí, no Rio Grande do Sul, foi detalhado esta manhã no Palácio Piratini, em Porto Alegre, pelo chairman e presidente mundial da GM Corporation, Rick Wagoner.

Os planos da montadora americana são expandir a capacidade produtiva do complexo automotivo de Gravataí dos atuais 120 000 para 210 000 veículos por ano, a construção de uma fábrica de CKD s (veículos completamente desmontados) para exportação, e o lançamento de um novo veículo Chevrolet. Tudo isso até 2006. Com o governo gaúcho, o compromisso firmado é de que sejam criados 1 500 novos empregos diretos no complexo (fábrica da GM e mais 16 fornecedores instalados na mesma área industrial).

A GM tem grande confiança no futuro do Brasil , disse Wagoner ao justificar a opção da GM por ampliar a planta gaúcha (China e México concorriam com o Brasil). Os últimos anos foram difíceis, mas este ano ou no ano que vem devemos começar a ganhar dinheiro porque o país deve crescer.

O anúncio feito hoje era esperado há 10 meses. Desde abril de 2003, o governo gaúcho negociava com a direção da montadora. De um lado, a GM demandava por incentivos, do outro, o governo tinha grandes limitações para atender a essa demanda , disse o secretário de desenvolvimento e assuntos internacionais do Rio Grande do Sul, Luis Roberto Ponte. Os estímulos não constituem perda de receita porque não se perde uma receita que não se tem , afirmou o governador Germano Rigotto.

Segundo ele, o acordo assinado com a GM não inclui nenhum novo financiamento ou desembolso do estado. O governo regulamentará algumas disposições que constam do contrato assinado em 1997, quando do anúncio da instalação da fábrica em Gravataí, como a exclusão dos créditos fiscais gerados nas operações voltadas às exportações, para evitar a redução dos incentivos concedidos no contrato original. O governo também possibilitará o resgate antecipado dos financiamentos concedidos à GM - na época da implantação da fábrica, o governo gaúcho emprestou à montadora 253 milhões de reais -, com desconto calculado em função da taxa Selic e efetuará estudos com vistas à padronização de sua frota de veículos, objetivando a utilização de modelos da General Motors.

Há quase 80 anos instalada no Brasil, a GM registrou em 2003 o melhor ano em sua história no que diz respeito à participação no mercado. Fechou o ano na vice-liderança, com 23,3% de participação, menos de um ponto atrás da Fiat, e deixou para trás a Volkswagen. O complexo de Gravataí e o Celta produzido ali desde julho de 2000, tiveram grande participação nessa performance. Atualmente, é a única fábrica de grande volume do setor a operar a plena capacidade em dois turnos de trabalho. O Celta foi pioneiro na venda de veículos pela Internet no Brasil e atualmente é o modelo mais vendido no mundo pela rede.

Novo presidente
O evento realizado esta manhã em Porto Alegre foi também o primeiro compromisso oficial do novo presidente da GM do Brasil, Ray Young, 42 anos, que substituiu Walter Wieland (que também participou da cerimônia) no dia 1o de janeiro último. Canadense, filho de imigrantes chineses, Young, fluente em inglês, francês e chinês, ainda não fala português. Ele fez carreira na área financeira da GM mundial. Formado em administração de empresas em Ontario (Canadá), ingressou na companhia em 1986. Dirigiu a área de mercados de capitais e câmbio estrangeiro, tesouraria regional da GM na Europa e a vice-presidência nos Estados Unidos, cargo que deixou para assumir a GM do Brasil - que ocupa a segunda posição em participação de mercado, com 23,3%, menos de um ponto atrás da líder Fiat.

Logo após o anúncio, os executivos seguiram para São Paulo, onde teriam encontro com o governador Geraldo Alkmin. Amanhã, o grupo encontra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comunicar a expansão da fábrica de Gravataí.

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