Geração Y não gosta dos grandes bancos nem de suas taxas
A geração Y está fugindo cada vez mais dos grandes bancos e colocando seu dinheiro em instituições locais nos Estados Unidos
Da Redação
Publicado em 10 de novembro de 2015 às 20h25.
A geração Y está fugindo cada vez mais dos grandes bancos e colocando seu dinheiro em instituições locais.
Os chamados bancos comunitários ganharam clientes jovens no ano passado, alcançando um incremento de 5 por cento em clientes com contas da faixa etária entre 18 e 34 anos, enquanto as cooperativas de crédito registraram um ganho de 3 por cento, segundo dados compilados pela Accenture Plc.
Como comparação, os grandes bancos nacionais e regionais tiveram dificuldades para manter os clientes da geração Y -- tendo perdido 16 por cento deles no mesmo período.
Uma das razões é que os bancos maiores tendem a cobrar mais pelos serviços de varejo. Houve um aumento nas tarifas de manutenção de contas, de cheque especial, de saques no caixa eletrônico e de outros serviços em grandes instituições financeiras.
Para Tommy Oakes, tudo se resume ao preço. Aos 24 anos, trabalhando na equipe de vendas da Pay Simple, uma empresa de comércio eletrônico com sede em Denver, depois que se formou na faculdade ele começou a procurar bancos e escolheu o USAA Federal Savings Bank.
“Eles não cobram taxas mensais”, disse ele. “Eles reembolsam as tarifas de caixa eletrônico e eu posso reunir seguro e investimentos neles”.
A pesquisa semianual do MoneyRates.com, divulgada em agosto, apontou que as tarifas dos grandes bancos eram de US$ 15,15, em média, contra US$ 11,51 entre os concorrentes menores.
Os grandes bancos também apresentaram a menor probabilidade de oferecerem contas gratuitas: 17 por cento têm essa opção, contra 31 por cento entre os bancos menores.
O MoneyRates define um grande banco como uma instituição com pelo menos US$ 10 bilhões em depósitos.
“Normalmente os grandes bancos são capazes de dominar a presença física, tendo extensas redes de agências, um nome reconhecido e a capacidade de gastar muito com publicidade”, disse Richard Barrington, analista financeiro sênior do MoneyRates.
Mas a popularidade das operações bancárias realizadas pela internet nivelou o campo de jogo. Para alguns bancos, “o que antes eram vantagens agora se transformou em passivos”.
Trocando de banco
Os integrantes da geração Y estão mais propensos que os demais a trocarem seus bancos principais e fazem isso “a um ritmo que quase duplica a média das outras faixas etárias”.
No período de 12 meses que terminou em 26 de janeiro, 18 por cento deles encontraram um novo provedor financeiro, segundo a pesquisa anual de banco de varejo da Accenture.
Eles também fazem suas pesquisas: 81 por cento disseram que procuram preços e críticas on-line antes de tomarem uma decisão.
Os participantes dessa faixa etária mencionaram as tarifas altas e a insatisfação com os programas de recompensa como motivações para a mudança de banco.
“Os membros da geração Y, em particular, querem um serviço mais personalizado”, disse Cam Fine, presidente e CEO da Comunidade Independente de Banqueiros dos EUA, que representa, em grande parte, bancos de propriedade local.
“Eles querem ter certeza de que as pessoas estão dando atenção” às suas necessidades.
De todas as gerações consultadas pelo grupo, disse Fine, a geração Y é a mais interessada em aprender mais sobre suas finanças e aquela com maior probabilidade de procurar assessoria financeira.
Engolindo custos
Para atrair e manter clientes mais jovens os bancos comunitários estão engolindo os custos da oferta de produtos como contas gratuitas em troca dos potenciais ganhos de longo prazo que vêm com o atendimento à hipoteca dessa geração, com investimentos e eventualmente com as necessidades de aposentadoria, disse Karin Bonding, uma professora de finanças recentemente aposentada da Faculdade McIntire de Comércio da Universidade de Virgínia.
A aposta é no futuro, disse Judy Hicks, vice-presidente e gerente de empréstimos ao consumidor do Baker Boyer National Bank, em Walla Walla, Washington.
“Temos que permanecer competitivos com produtos e serviços. Nós queremos atrair essa geração mais jovem porque ela vai chegar lá algum dia”.
Mas David Pommerehn, consultor sênior e vice-presidente da Associação de Bancos de Varejo dos EUA, que representa as operações de varejo dos bancos maiores, disse que a disposição dessa geração para pesquisar e trocar de instituição financeira várias vezes foi um fator positivo para as empresas de sua associação.
Os membros do grupo que querem “facilidade nas operações bancárias”, disse ele, “não estão particularmente comprometidos com uma instituição específica até o momento” e ainda estão dispostos a saber o que os grandes bancos têm a lhes oferecer quando eles se tornarem mais velhos e ricos.
A geração Y está fugindo cada vez mais dos grandes bancos e colocando seu dinheiro em instituições locais.
Os chamados bancos comunitários ganharam clientes jovens no ano passado, alcançando um incremento de 5 por cento em clientes com contas da faixa etária entre 18 e 34 anos, enquanto as cooperativas de crédito registraram um ganho de 3 por cento, segundo dados compilados pela Accenture Plc.
Como comparação, os grandes bancos nacionais e regionais tiveram dificuldades para manter os clientes da geração Y -- tendo perdido 16 por cento deles no mesmo período.
Uma das razões é que os bancos maiores tendem a cobrar mais pelos serviços de varejo. Houve um aumento nas tarifas de manutenção de contas, de cheque especial, de saques no caixa eletrônico e de outros serviços em grandes instituições financeiras.
Para Tommy Oakes, tudo se resume ao preço. Aos 24 anos, trabalhando na equipe de vendas da Pay Simple, uma empresa de comércio eletrônico com sede em Denver, depois que se formou na faculdade ele começou a procurar bancos e escolheu o USAA Federal Savings Bank.
“Eles não cobram taxas mensais”, disse ele. “Eles reembolsam as tarifas de caixa eletrônico e eu posso reunir seguro e investimentos neles”.
A pesquisa semianual do MoneyRates.com, divulgada em agosto, apontou que as tarifas dos grandes bancos eram de US$ 15,15, em média, contra US$ 11,51 entre os concorrentes menores.
Os grandes bancos também apresentaram a menor probabilidade de oferecerem contas gratuitas: 17 por cento têm essa opção, contra 31 por cento entre os bancos menores.
O MoneyRates define um grande banco como uma instituição com pelo menos US$ 10 bilhões em depósitos.
“Normalmente os grandes bancos são capazes de dominar a presença física, tendo extensas redes de agências, um nome reconhecido e a capacidade de gastar muito com publicidade”, disse Richard Barrington, analista financeiro sênior do MoneyRates.
Mas a popularidade das operações bancárias realizadas pela internet nivelou o campo de jogo. Para alguns bancos, “o que antes eram vantagens agora se transformou em passivos”.
Trocando de banco
Os integrantes da geração Y estão mais propensos que os demais a trocarem seus bancos principais e fazem isso “a um ritmo que quase duplica a média das outras faixas etárias”.
No período de 12 meses que terminou em 26 de janeiro, 18 por cento deles encontraram um novo provedor financeiro, segundo a pesquisa anual de banco de varejo da Accenture.
Eles também fazem suas pesquisas: 81 por cento disseram que procuram preços e críticas on-line antes de tomarem uma decisão.
Os participantes dessa faixa etária mencionaram as tarifas altas e a insatisfação com os programas de recompensa como motivações para a mudança de banco.
“Os membros da geração Y, em particular, querem um serviço mais personalizado”, disse Cam Fine, presidente e CEO da Comunidade Independente de Banqueiros dos EUA, que representa, em grande parte, bancos de propriedade local.
“Eles querem ter certeza de que as pessoas estão dando atenção” às suas necessidades.
De todas as gerações consultadas pelo grupo, disse Fine, a geração Y é a mais interessada em aprender mais sobre suas finanças e aquela com maior probabilidade de procurar assessoria financeira.
Engolindo custos
Para atrair e manter clientes mais jovens os bancos comunitários estão engolindo os custos da oferta de produtos como contas gratuitas em troca dos potenciais ganhos de longo prazo que vêm com o atendimento à hipoteca dessa geração, com investimentos e eventualmente com as necessidades de aposentadoria, disse Karin Bonding, uma professora de finanças recentemente aposentada da Faculdade McIntire de Comércio da Universidade de Virgínia.
A aposta é no futuro, disse Judy Hicks, vice-presidente e gerente de empréstimos ao consumidor do Baker Boyer National Bank, em Walla Walla, Washington.
“Temos que permanecer competitivos com produtos e serviços. Nós queremos atrair essa geração mais jovem porque ela vai chegar lá algum dia”.
Mas David Pommerehn, consultor sênior e vice-presidente da Associação de Bancos de Varejo dos EUA, que representa as operações de varejo dos bancos maiores, disse que a disposição dessa geração para pesquisar e trocar de instituição financeira várias vezes foi um fator positivo para as empresas de sua associação.
Os membros do grupo que querem “facilidade nas operações bancárias”, disse ele, “não estão particularmente comprometidos com uma instituição específica até o momento” e ainda estão dispostos a saber o que os grandes bancos têm a lhes oferecer quando eles se tornarem mais velhos e ricos.