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GAP mostra otimismo contido sobre entrada no Brasil

Varejista praticará preços maiores no Brasil do que nos EUA devido à alta carga de impostos, afirmou seu diretor de gestão de alianças estratégicas

Loja da GAP: a varejista acredita que a alta da demanda no Brasil proporcionada pela Copa e pelas Olimpíadas deve compensar as dificuldades de atuação no país (REUTERS/Robert Galbraith)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2013 às 19h54.

São Paulo - A alta carga tributária sobre importados e o intenso custo de operação representarão desafios para a entrada da GAP no Brasil, afirmou à Reuters nesta quinta-feira o diretor de gestão de alianças estratégicas da varejista norte-americana de vestuário, Stefan Laban.

A GAP firmou em dezembro contrato com a Tudo Bom Comércio para abrir suas primeiras lojas próprias no país no fim de 2013, em São Paulo. Atualmente, a GAP opera no Brasil com cinco lojas em canais duty free: três no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e duas no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

Segundo Laban, a alta carga de impostos sobre produtos importados obrigará a GAP, que não produz em território brasileiro nem conta com fornecedores do país, a estabelecer preços mais altos no mercado brasileiro do que cobra nos Estados Unidos.

"Cobraremos preços mais altos do que nos Estados Unidos, mas seremos localmente competitivos", disse o diretor em entrevista por telefone.

O executivo também identificou como obstáculos os altos custos de operação e a intensa competição com marcas locais e companhias estrangeiras que já têm forte presença no país, como TopShop e Zara.


"É um mercado bastante complexo", disse o diretor da GAP, que se recusou a divulgar projeções de receita ou participação no mercado. "O Brasil é altamente regulado, é um dos mercados mais regulados. É bastante protetor de suas varejistas locais de vestuário." No entanto, ele afirmou que essas dificuldades devem ser compensadas pelo aumento da demanda ocasionado pela realização da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas do Rio em 2016.

Além disso, apesar dos preços cobrados pela varejista, Laban afirmou que a GAP pretende capitalizar sobre a crescente classe média brasileira. "Não queremos ser percebidos como uma marca de luxo", disse.

O executivo afirmou que a entrada da GAP no país faz parte da estratégia de penetração da companhia na América Latina, que começou com a abertura da primeira loja da marca em Santiago, no Chile, em 2011.

"Hoje, a GAP tem lojas próprias em cinco países da América Latina: Chile, Uruguai, Colômbia, México e Panamá", disse ele.

Segundo Laban, a empresa está analisando a possibilidade de abrir lojas em outras cidades do Brasil, além de São Paulo, com planos de ampliar sua base para o Rio de Janeiro em seguida. O executivo se recusou a precisar quantas lojas a GAP pretende ter no país.

"O Brasil é o maior mercado na América Latina e um dos maiores mercados emergentes", disse o executivo. "É um mercado bastante distinto para nós".

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São Paulo - A alta carga tributária sobre importados e o intenso custo de operação representarão desafios para a entrada da GAP no Brasil, afirmou à Reuters nesta quinta-feira o diretor de gestão de alianças estratégicas da varejista norte-americana de vestuário, Stefan Laban.

A GAP firmou em dezembro contrato com a Tudo Bom Comércio para abrir suas primeiras lojas próprias no país no fim de 2013, em São Paulo. Atualmente, a GAP opera no Brasil com cinco lojas em canais duty free: três no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e duas no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

Segundo Laban, a alta carga de impostos sobre produtos importados obrigará a GAP, que não produz em território brasileiro nem conta com fornecedores do país, a estabelecer preços mais altos no mercado brasileiro do que cobra nos Estados Unidos.

"Cobraremos preços mais altos do que nos Estados Unidos, mas seremos localmente competitivos", disse o diretor em entrevista por telefone.

O executivo também identificou como obstáculos os altos custos de operação e a intensa competição com marcas locais e companhias estrangeiras que já têm forte presença no país, como TopShop e Zara.


"É um mercado bastante complexo", disse o diretor da GAP, que se recusou a divulgar projeções de receita ou participação no mercado. "O Brasil é altamente regulado, é um dos mercados mais regulados. É bastante protetor de suas varejistas locais de vestuário." No entanto, ele afirmou que essas dificuldades devem ser compensadas pelo aumento da demanda ocasionado pela realização da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas do Rio em 2016.

Além disso, apesar dos preços cobrados pela varejista, Laban afirmou que a GAP pretende capitalizar sobre a crescente classe média brasileira. "Não queremos ser percebidos como uma marca de luxo", disse.

O executivo afirmou que a entrada da GAP no país faz parte da estratégia de penetração da companhia na América Latina, que começou com a abertura da primeira loja da marca em Santiago, no Chile, em 2011.

"Hoje, a GAP tem lojas próprias em cinco países da América Latina: Chile, Uruguai, Colômbia, México e Panamá", disse ele.

Segundo Laban, a empresa está analisando a possibilidade de abrir lojas em outras cidades do Brasil, além de São Paulo, com planos de ampliar sua base para o Rio de Janeiro em seguida. O executivo se recusou a precisar quantas lojas a GAP pretende ter no país.

"O Brasil é o maior mercado na América Latina e um dos maiores mercados emergentes", disse o executivo. "É um mercado bastante distinto para nós".

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