Gafisa atuará no Nordeste em parceria com incorporadoras locais

O mercado imobiliário do Nordeste do Brasil tem chamado atenção de uma das maiores incorporadoras residenciais do país, a Gafisa. A empresa anunciou nesta terça-feira (21/08) uma parceria com três incorporadoras locais para expandir seus negócios na região.

No Maranhão, a parceira da Gafisa será a Franere, enquanto na Paraíba e no Rio Grande do Norte o acordo foi fechado com a Planc. A Bricks, por sua vez, atuará em conjunto com a empresa paulista no Ceará e em Pernambuco.

Em informe sobre as negociações enviado à Bovespa, a Gafisa afirma que as novas parceiras têm acesso a "terrenos de alta qualidade com possibilidade de lançamento no curto prazo". Segundo a empresa, os mercados nordestinos ainda não foram explorados por incorporadoras de alcance nacional, mas são fortemente impulsionados pelo turismo e demonstram "importante potencial de demanda para produtos de todos os segmentos de renda".

Já consideradas as áreas onde a Gafisa fechou parceria, a empresa passa a atuar em 39 cidades, de 17 estados brasileiros. Para o diretor de novos negócios da incorporadora, Antonio Ferreira, as alianças com empresas locais ajudam a fortalecer os resultados da companhia nacionalmente.

"São mais um passo na direção de nossa estratégia de diversificação regional, que tem provado ser uma vantagem competitiva valiosa", afirma.

A expansão para além do eixo Rio-São Paulo é uma das mudanças recentes nas quais a Gafisa tem apostado. Em 2006, a empresa entrou no Novo Mercado da Bovespa e, em 2007, promoveu a oferta pública de ações na bolsa de Nova York - um lance arriscado, já que foi a primeira vez que uma incorporadora residencial brasileira abriu capital no pregão americano.

Outra alteração significativa de perfil foi o lançamento de uma subsidiária voltada para o mercado de baixa renda, a Fit Residencial, no começo deste ano. Embora a marca da Gafisa seja tradicionalmente associada a empreendimentos para famílias de alta renda, a entrada no segmento popular responde à mesma lógica da expansão regional, a de diversificar os focos de atuação, para aproveitar os setores de potencial subaproveitado.