Fundo de Armínio Fraga investe em empresa de TI
Recursos da Gávea Investimentos e de outros acionistas darão estrutura para CPM Braxis realizar aquisições e se preparar para a Bovespa
Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2011 às 18h41.
A CPM Braxis, empresa brasileira de serviços de tecnologia da informação, recebeu um aporte de 170 milhões de reais informou nesta terça-feira (01/04) o presidente da empresa, Jair Ribeiro.
Os recursos foram investidos por atuais acionistas da companhia e também pela Gávea Investimentos, do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, que passa a ser detentora de um terço da CPM Braxis junto com Alothon Group e Deutsch Bank. Os dois terços restantes estão distribuídos entre Bradesco e os criadores da Braxis. Esta é a segunda empresa da área de tecnologia em que a Gávea aporta recursos - a empresa não revela qual foi seu primeiro investimento nesta área.
O aporte dos valores foi distribuído entre os meses de dezembro de 2007 e janeiro desse ano. "O aporte fortalece a estrutura e abre caminho para o objetivo da empresa que é estar entre as dez maiores companhias globais de serviços de TI", diz Jair Ribeiro, CEO da CPM Braxis em encontro com a imprensa.
Apesar de ambiciosa, a intenção é integrar a lista das maiores do mundo com base especialmente em aquisições de empresas no Brasil, América Latina e Estados Unidos, além do crescimento orgânico. Ribeiro informa que neste momento a CPM Braxis tem quatro negociações em andamento. A empresa tem interesse em aquisições de companhias com pelo menos 200 funcionários também do ramo de serviços de TI.
Em 2007, a empresa totalizou 930 milhões de reais em faturamento bruto e patrimônio líquido de 80 milhões de reais. O resultado representa melhoria frente à situação registrada no início do ano passado. Logo que a Braxis incorporou a CPM, há cerca de 12 meses, o patrimônio líquido da companhia era negativo em quase 100 milhões de reais.
O plano de abertura de capital, praticamente abandonado depois da fusão das duas empresas, pode voltar à pauta. "Durante a fusão suspendemos a abertura de capital para fortalecer e capitalizar a empresa. Esse aporte já dá estrutura e condições para um IPO. Poderíamos abrir o capital agora se quiséssemos", relata. Entretanto, não há um cronograma estabelecido.
Exportação é uma das metas principais da empresa: até 2010 a CPM Braxis quer ter 30% de seu faturamento procedentes das operações internacionais. Para isso, reforçar a equipe de funcionários também é prioridade, informa Ribeiro. A empresa encerrou o ano com 5200 funcionários e pretende contratar outros 1800, a serem distribuídos em seus 14 centros de desenvolvimento de aplicações no Brasil.