Fundador da CVC volta para organizar franquias
Guilherme Paulus, fundador da maior agência de turismo do país, que estava no conselho de administração desde que vendeu 70% da companhia, voltou ao comando da empresa
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2013 às 11h37.
São Paulo - Guilherme Paulus, fundador da maior agência de turismo do País, a CVC , que estava no conselho de administração desde que vendeu 70% da companhia ao fundo de private equity Carlyle, em 2010, voltou ao comando da empresa no início do mês.
O motivo foi a saída repentina do presidente Xiko Lopes, que ficou pouco mais de um ano à frente do negócio. A familiaridade de Paulus com a rede de franqueados pode ajudar em um trabalho que a CVC está tendo dificuldade em terminar: a uniformização dos contratos com seus parceiros comerciais.
Desde que assumiu a empresa, o Carlyle aplicou à CVC pílulas do receituário clássico do private equity: profissionalização da gestão, formalização de contratos, aceleração do crescimento e preparação para uma oferta pública de ações, que pode servir de porta de saída para o fundo recuperar os cerca de R$ 700 milhões que aplicou na companhia.
No entanto, muitas das tentativas de dar um novo ritmo ao negócio esbarraram em dificuldades no ano passado, segundo fontes de mercado.
Para começar, a entrada de Lopes, no início de 2012, foi marcada por uma debandada de executivos, alguns dos quais se abrigaram em concorrentes, como a rival Flytour.
Acostumados a uma relação de camaradagem com os únicos dois presidentes que a CVC havia tido em 40 anos de história - Paulus e Valter Patriani -, a equipe se espantou com o estilo mais distante de Lopes, impressão que se espalhou para os franqueados, que sempre se consideraram crias do fundador, já que originalmente eram empregados da CVC.
O retorno do fundador à presidência, embora programado para não durar muito, é visto por fontes como uma forma de acalmar os ânimos dos funcionários. A longa relação de Paulus com os franqueados também deverá ajudar a acelerar o processo de organização das 742 lojas exclusivas da CVC.
Havia vários tipos de contrato, na minha época tudo era negociado no fio do bigode, lembra o fundador. Agora, o contrato será padronizado, será um sistema de franquia. Paulus diz que a renegociação dos contratos está adiantada, mas define o processo como difícil.
Segundo fontes de mercado, a demora em concluir essas negociações teria motivado a saída de Lopes. Não importa o que eles digam, foi esse problema com os franqueados que motivou a mudança, diz uma fonte do setor de turismo.
No entanto, outra fonte da CVC disse que o Carlyle foi pego de surpresa pelo pedido de demissão, apesar de o clima já não ser dos melhores. Procurado para comentar o assunto, o fundo não respondeu aos pedidos de entrevista da reportagem.
São Paulo - Guilherme Paulus, fundador da maior agência de turismo do País, a CVC , que estava no conselho de administração desde que vendeu 70% da companhia ao fundo de private equity Carlyle, em 2010, voltou ao comando da empresa no início do mês.
O motivo foi a saída repentina do presidente Xiko Lopes, que ficou pouco mais de um ano à frente do negócio. A familiaridade de Paulus com a rede de franqueados pode ajudar em um trabalho que a CVC está tendo dificuldade em terminar: a uniformização dos contratos com seus parceiros comerciais.
Desde que assumiu a empresa, o Carlyle aplicou à CVC pílulas do receituário clássico do private equity: profissionalização da gestão, formalização de contratos, aceleração do crescimento e preparação para uma oferta pública de ações, que pode servir de porta de saída para o fundo recuperar os cerca de R$ 700 milhões que aplicou na companhia.
No entanto, muitas das tentativas de dar um novo ritmo ao negócio esbarraram em dificuldades no ano passado, segundo fontes de mercado.
Para começar, a entrada de Lopes, no início de 2012, foi marcada por uma debandada de executivos, alguns dos quais se abrigaram em concorrentes, como a rival Flytour.
Acostumados a uma relação de camaradagem com os únicos dois presidentes que a CVC havia tido em 40 anos de história - Paulus e Valter Patriani -, a equipe se espantou com o estilo mais distante de Lopes, impressão que se espalhou para os franqueados, que sempre se consideraram crias do fundador, já que originalmente eram empregados da CVC.
O retorno do fundador à presidência, embora programado para não durar muito, é visto por fontes como uma forma de acalmar os ânimos dos funcionários. A longa relação de Paulus com os franqueados também deverá ajudar a acelerar o processo de organização das 742 lojas exclusivas da CVC.
Havia vários tipos de contrato, na minha época tudo era negociado no fio do bigode, lembra o fundador. Agora, o contrato será padronizado, será um sistema de franquia. Paulus diz que a renegociação dos contratos está adiantada, mas define o processo como difícil.
Segundo fontes de mercado, a demora em concluir essas negociações teria motivado a saída de Lopes. Não importa o que eles digam, foi esse problema com os franqueados que motivou a mudança, diz uma fonte do setor de turismo.
No entanto, outra fonte da CVC disse que o Carlyle foi pego de surpresa pelo pedido de demissão, apesar de o clima já não ser dos melhores. Procurado para comentar o assunto, o fundo não respondeu aos pedidos de entrevista da reportagem.