Friboi estuda construir dois novos frigoríficos no Mato Grosso
Após a compra da Swift, em maio, empresa planeja expandir produção no Brasil, com investimentos de US$ 300 milhões
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
Maior produtora de carne bovina da América Latina, a brasileira JBS-Friboi estuda a possibilidade de construir duas unidades de produção na cidade de Sorriso, no Mato Grosso, a partir de 2008. Uma delas ampliaria a capacidade de abate de gado em 6 mil cabeças por dia, enquanto a outra teria capacidade para abate diário de 12 mil suínos.
Conforme a companhia anunciou em comunicado aos investidores, nesta quarta-feira (12/09), a previsão inicial de investimentos é de até 300 milhões de dólares, com geração de 5 mil empregos diretos e potencial de faturamento anual de 1 bilhão de dólares.
Antes de a Friboi realizar os investimentos, porém, fará um estudo de viabilidade, que em seguida precisa ser avaliado pelo conselho de administração da empresa. Caso o grupo aprove o projeto, a construção das novas unidades terá início no próximo ano, mas a entrada em operação se dará em 2010.
Uma vez em funcionamento, a unidade bovina aumentaria em 26% a capacidade de abate do grupo, hoje estimada em quase 23 mil cabeças por dia. A ampliação ajudaria a consolidar a venda de carne bovina como principal área de negócios da Friboi - a empresa também atua na comercialização de outros tipos de carne e no setor de transportes - e elevaria o número de plantas de produção.
Hoje, a Friboi conta com 40 unidades, das quais 23 ficam no Brasil. As 17 restantes distribuem-se pela Argentina, Austrália e Estados Unidos.
O investimento também seria um reforço à estratégia de expansão da Friboi, que vem demonstrando apetite pela compra de concorrentes. Em maio deste ano, a companhia adquiriu a americana Swift por 1,4 bilhão de dólares e tornou-se a maior empresa brasileira de alimentos, segundo suas próprias estimativas ( leia reportagem da Exame sobre a compra ).
Somadas, as duas empresas têm faturamento de 23 bilhões de reais, maior que os da Embraer, Sadia e Perdigão somados.