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Fornecedor do JBS nega culpa em escândalo da carne de cavalo

Na terça-feira a multinacional suíça foi obrigada retirar de circulação produtos de seis países europeus

Aamostras de carne picada são testados quanto à presença de carne de cavalo, em laboratório de Munique (REUTERS / Michaela Rehle)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 10h08.

Genebra - O escândalo envolvendo a venda de carne de cavalo pela empresa brasileira JBS à Nestlé vira um “jogo de empurra”. A fornecedora alemã do JBS, apontada como culpada pela fraude, rejeita a responsabilidade, garantindo que jamais forneceu ou comprou carne de cavalo.

Na terça-feira a multinacional suíça foi obrigada retirar de circulação produtos de seis países europeus.

Há dois dias, a polêmica envolvendo a fraude no comércio de carnes na Europa chegou à Nestlé, a maior empresa de alimentos do mundo.

A companhia disse que havia comprado carne adulterada do JBS. No lugar de carne bovina, o que estava em seus pratos era carne de cavalo.

A companhia brasileira e a Nestlé alegaram que a culpa era do fornecedor alemão - a H.J. Schypke, que havia vendido o produto ao JBS.

Na terça-feira foi a vez de os alemães rejeitarem qualquer responsabilidade, insistindo que compram seus produtos de “fornecedores certificados”.

A Schypke admitiu que não era ela quem produzia a carne. Mas garante que jamais comprou carne de cavalo dos abatedouros da região.

A empresa, que se recusou a falar com a reportagem, foi alvo de um mandado de busca pela Justiça alemã na segunda-feira. A procuradora Frauke Wilken indicou que havia “suspeita de fraude” nas atividades.

Em comunicado, a Schypke insiste que jamais comprou carne de cavalo.


Na segunda-feira, a Nestlé anunciou que estava retirando seus produtos das prateleiras da Espanha, Itália e França. Produtos como ravióli e tortellini, vendidos como de carne bovina, continham, na realidade, carne de cavalo.

Após a divulgação do caso, a empresa se viu obrigada a suspender a distribuição de lasanha de carne para Portugal, Luxemburgo e Bélgica.

Em todos esses casos, o fornecedor da multinacional suíça era a JBS Toledo, empresa resultado da compra da belga Toledo em 2010 pelo grupo brasileira. “Suspendemos o fornecimento de todos nossos produtos fabricados que usam carne fornecida pela H.J. Shypke, subcontratada da JBS Toledo”, informou a Nestlé.

Segundo o escritório da empresa brasileira JBS na Bélgica, boa parte do fornecimento de carne para a Nestlé vem mesmo de importações que chegam do Brasil.

Mas fontes confirmaram ao jornal O Estado de S.Paulo que, para driblar barreiras comerciais implementadas pelos europeus contra a carne nacional, o JBS passou a comprar de fornecedores europeus.

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Genebra - O escândalo envolvendo a venda de carne de cavalo pela empresa brasileira JBS à Nestlé vira um “jogo de empurra”. A fornecedora alemã do JBS, apontada como culpada pela fraude, rejeita a responsabilidade, garantindo que jamais forneceu ou comprou carne de cavalo.

Na terça-feira a multinacional suíça foi obrigada retirar de circulação produtos de seis países europeus.

Há dois dias, a polêmica envolvendo a fraude no comércio de carnes na Europa chegou à Nestlé, a maior empresa de alimentos do mundo.

A companhia disse que havia comprado carne adulterada do JBS. No lugar de carne bovina, o que estava em seus pratos era carne de cavalo.

A companhia brasileira e a Nestlé alegaram que a culpa era do fornecedor alemão - a H.J. Schypke, que havia vendido o produto ao JBS.

Na terça-feira foi a vez de os alemães rejeitarem qualquer responsabilidade, insistindo que compram seus produtos de “fornecedores certificados”.

A Schypke admitiu que não era ela quem produzia a carne. Mas garante que jamais comprou carne de cavalo dos abatedouros da região.

A empresa, que se recusou a falar com a reportagem, foi alvo de um mandado de busca pela Justiça alemã na segunda-feira. A procuradora Frauke Wilken indicou que havia “suspeita de fraude” nas atividades.

Em comunicado, a Schypke insiste que jamais comprou carne de cavalo.


Na segunda-feira, a Nestlé anunciou que estava retirando seus produtos das prateleiras da Espanha, Itália e França. Produtos como ravióli e tortellini, vendidos como de carne bovina, continham, na realidade, carne de cavalo.

Após a divulgação do caso, a empresa se viu obrigada a suspender a distribuição de lasanha de carne para Portugal, Luxemburgo e Bélgica.

Em todos esses casos, o fornecedor da multinacional suíça era a JBS Toledo, empresa resultado da compra da belga Toledo em 2010 pelo grupo brasileira. “Suspendemos o fornecimento de todos nossos produtos fabricados que usam carne fornecida pela H.J. Shypke, subcontratada da JBS Toledo”, informou a Nestlé.

Segundo o escritório da empresa brasileira JBS na Bélgica, boa parte do fornecimento de carne para a Nestlé vem mesmo de importações que chegam do Brasil.

Mas fontes confirmaram ao jornal O Estado de S.Paulo que, para driblar barreiras comerciais implementadas pelos europeus contra a carne nacional, o JBS passou a comprar de fornecedores europeus.

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