Fibria diz que acordo com Klabin não afeta Três Lagoas
Contrato traz punições para a Fibria caso a companhia não compre toda a produção prevista da Klabin
Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2015 às 11h24.
São Paulo - O acordo de fornecimento de celulose da nova fábrica da Klabin para ser vendida com exclusividade pela Fibria , divulgado na véspera, não afeta a decisão da Fibria sobre a expansão de sua unidade em Três Lagoas (MS), disse o presidente da empresa, Marcelo Castelli, em teleconferência com analistas nesta terça-feira.
"Este acordo não afeta nossa decisão de ir em frente com o projeto Três Lagoas 2, até porque sabíamos que o volume do Projeto Puma (fábrica da Klabin em Ortigueira, Paraná) já estaria presente no mercado", disse Castelli.
O Conselho de Administração da Fibria, que tomará uma decisão sobre a expansão, também não vai considerar nesse processo a construção de nova linha de produção em Três Lagoas pela concorrente Eldorado Brasil Celulose, que deve entrar em operação em 2018, acrescentou.
O acordo com a Klabin trará ganhos na distribuição, escala comercial e eficiência logística para a Fibria, disse Castelli, evitando fazer projeções sobre o tamanho das sinergias.
Por sua vez, o presidente da Klabin, Fabio Schvartsman, disse que a comercialização de parte da celulose de fibra curta produzida na fábrica pela Fibria permitirá que a empresa foque no desenvolvimento dos mercados de fibra longa e celulose tipo fluff, que são novos no Brasil.
"A questão que mais motivou o acordo não foi o custo comercial associado. É natural que o custo por tonelada (de exportação) da Fibria seja menor que aquele que a Klabin faria por conta própria, mas a decisão tem mais a ver com o foco na correta execução industrial do Projeto Puma", disse Schvartsman.
Segundo ele, o contrato traz punições para a Fibria caso a companhia não compre toda a produção prevista da Klabin. Também prevê punições para a Klabin caso esta não entregue toda a produção prevista para a Fibria.
Pelo acordo, a Klabin vai fornecer um volume mínimo de 900 mil toneladas anuais de celulose de fibra curta produzida na fábrica em construção em Ortigueira, no Paraná, para ser vendido com exclusividade pela Fibria em países fora da América do Sul.
O volume adicional da fábrica será vendido diretamente pela Klabin, sendo a celulose de fibra curta nos mercados do Brasil e da América do Sul, e a celulose de fibra longa e fluff no mercado global.
A fábrica em construção terá capacidade para produzir, inicialmente, 1,5 milhão de toneladas de celulose, das quais 1,1 milhão de toneladas de celulose de fibra curta e 400 mil toneladas de celulose de fibra longa, parte dela convertida em fluff, que é utilizada em fraldas descartáveis e absorventes.
A unidade deve começar a operar em março de 2016.
Em relatório, o analista do Citi Juan Tavarez comentou que o anúncio é positivo, pois diminuirá os potenciais descontos no preço da celulose causados pela entrada da produção da nova fábrica da Klabin no mercado.
O contrato entre Klabin e Fibria tem duração de seis anos, sendo quatro com volume mínimo de 900 mil toneladas e dois anos de redução gradual do volume, sendo o quinto ano correspondente a 75 por cento do total entregue no quarto ano do contrato.
No sexto ano, o volume cai para 50 por cento.
São Paulo - O acordo de fornecimento de celulose da nova fábrica da Klabin para ser vendida com exclusividade pela Fibria , divulgado na véspera, não afeta a decisão da Fibria sobre a expansão de sua unidade em Três Lagoas (MS), disse o presidente da empresa, Marcelo Castelli, em teleconferência com analistas nesta terça-feira.
"Este acordo não afeta nossa decisão de ir em frente com o projeto Três Lagoas 2, até porque sabíamos que o volume do Projeto Puma (fábrica da Klabin em Ortigueira, Paraná) já estaria presente no mercado", disse Castelli.
O Conselho de Administração da Fibria, que tomará uma decisão sobre a expansão, também não vai considerar nesse processo a construção de nova linha de produção em Três Lagoas pela concorrente Eldorado Brasil Celulose, que deve entrar em operação em 2018, acrescentou.
O acordo com a Klabin trará ganhos na distribuição, escala comercial e eficiência logística para a Fibria, disse Castelli, evitando fazer projeções sobre o tamanho das sinergias.
Por sua vez, o presidente da Klabin, Fabio Schvartsman, disse que a comercialização de parte da celulose de fibra curta produzida na fábrica pela Fibria permitirá que a empresa foque no desenvolvimento dos mercados de fibra longa e celulose tipo fluff, que são novos no Brasil.
"A questão que mais motivou o acordo não foi o custo comercial associado. É natural que o custo por tonelada (de exportação) da Fibria seja menor que aquele que a Klabin faria por conta própria, mas a decisão tem mais a ver com o foco na correta execução industrial do Projeto Puma", disse Schvartsman.
Segundo ele, o contrato traz punições para a Fibria caso a companhia não compre toda a produção prevista da Klabin. Também prevê punições para a Klabin caso esta não entregue toda a produção prevista para a Fibria.
Pelo acordo, a Klabin vai fornecer um volume mínimo de 900 mil toneladas anuais de celulose de fibra curta produzida na fábrica em construção em Ortigueira, no Paraná, para ser vendido com exclusividade pela Fibria em países fora da América do Sul.
O volume adicional da fábrica será vendido diretamente pela Klabin, sendo a celulose de fibra curta nos mercados do Brasil e da América do Sul, e a celulose de fibra longa e fluff no mercado global.
A fábrica em construção terá capacidade para produzir, inicialmente, 1,5 milhão de toneladas de celulose, das quais 1,1 milhão de toneladas de celulose de fibra curta e 400 mil toneladas de celulose de fibra longa, parte dela convertida em fluff, que é utilizada em fraldas descartáveis e absorventes.
A unidade deve começar a operar em março de 2016.
Em relatório, o analista do Citi Juan Tavarez comentou que o anúncio é positivo, pois diminuirá os potenciais descontos no preço da celulose causados pela entrada da produção da nova fábrica da Klabin no mercado.
O contrato entre Klabin e Fibria tem duração de seis anos, sendo quatro com volume mínimo de 900 mil toneladas e dois anos de redução gradual do volume, sendo o quinto ano correspondente a 75 por cento do total entregue no quarto ano do contrato.
No sexto ano, o volume cai para 50 por cento.