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Fiat pode comprar unidade alemã da GM

Companhia italiana deve formalizar proposta de compra da Opel na próxima terça-feira

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A Fiat pode se tornar sócia majoritária da Opel, unidade alemã da General Motors (GM). A parceria é parte da estratégia da empresa italiana para se tornar uma das maiores fabricantes de carro do mundo.

Na semana passada, o presidente da empresa Sergio Marchionne se encontrou com o ministro da economia da Alemanha Karl-Thodor zu Guttenberg, que lidera a busca do governo alemão por novos investidores para a Opel. A Fiat deve formalizar seu interesse na próxima terça-feira, segundo o Wall Street Journal.

Os funcionários da fabricante alemã temem um processo de demissão caso a parceria seja firmada com a Fiat.

A Fiat também negocia um acordo para uma associação com a americana Chrysler. O prazo para a assinatura do contrato se encerra no dia 30 de abril. A Fiat diz que não vai injetar dinheiro novo na Chrysler e que planeja uma parceria operacional.

Nesta quinta-feira, o grupo italiano divulgou os resultados do primeiro trimestre. A Fiat registrou uma perda líquida de 410 milhões de euros (1, 2 bilhão de reais), comparado com um lucro de 405 milhões (1,17 bilhões de reais) no mesmo período do ano passado. O resultado foi pior do que as expectativas dos analistas que previam uma perda de 300 milhões de euros (863,8 milhões de reais).

"Nós esperamos uma melhora no restante do ano com a estabilização das condições de mercado", disse a Fiat. Segundo a empresa, os negócios de caminhões e equipamentos de construção vão mostrar sinais de recuperação visíveis apenas no quarto trimestre, quando ela espera um lucro de 130 milhões de euros (374,3 milhões de reais).

A receita total do grupo, que inclui a fabricante de caminhões Iveco e a produtora de máquinas agrícolas CNH, assim como a Fiat Powertrain Technologies e a Magneti Marelli, foi de 11,27 bilhões de euros (31,7 de reais), contra 15,08 bilhões de euros (43,2 bilhões de reais) registrados no último balanço.

A companhia derrapou também no setor automotivo que teve perda de 30 milhões de euros (86,3 milhões de reais). A queda de receita foi de 18%, passando de 6,83 bilhões (17,5 bilhões de reais) para 5,6 bilhões de euros (16,1 bilhões de reais). Há um ano as receitas somaram 193 milhões de euros (555,7 milhões de reais). Analistas esperavam uma perda de 110 milhões de euros (316,7 milhões de reais) na Fiat Auto, que inclui as marcas Fiat, Lancia e Alfa Romeo, deixando de fora Ferrari e Maserati. Os incentivos nas vendas em alguns mercados europeus e no Brasil ajudaram a frear a queda de receita.
 

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