Fatia na Usiminas afetou resultado da CSN em 2012
O prejuízo de R$ 480 milhões da CSN em 2012 foi explicado pela reclassificação contábil de perdas acumuladas nos investimentos em ações da concorrente Usiminas
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
Rio de Janeiro - O prejuízo de R$ 480,574 milhões reportado pela Companhia Siderúrgica Nacional ( CSN ) em 2012 foi explicado pela reclassificação contábil de perdas acumuladas nos investimentos em ações de sua concorrente Usiminas.
O impacto sobre o resultado da siderúrgica foi de R$ 1,335 bilhão. Sem o reconhecimento da perda, a companhia teria registrado lucro."Excluindo o efeito dessa reclassificação contábil, que não afeta o caixa, a companhia teria apurado um lucro líquido de R$ 854 milhões em 2012", informou a CSN em documento sobre os resultados da empresa. Ainda assim o lucro líquido seria 76% inferior ao resultado de R$ 3,667 bilhões registrado em 2011.
A participação na Usiminas já tinha feito a CSN registrar um prejuízo de R$ 1 bilhão no 2º trimestre do ano passado. O efeito prejudicial sobre a linha final do balanço da empresa não se repetiu no 3º trimestre, mas pesou no ano. Em 31 de dezembro de 2012, a participação da CSN no capital da Usiminas era de 14,3% das ações ordinárias (ON) e de 20,69% das ações preferenciais (PN).
A compra de ações com direito a voto da Usiminas no mercado, feita de forma gradual, foi uma tentativa do empresário Benjamin Steinbruch, presidente da CSN, de adquirir o controle da siderúrgica mineira. A estratégia, entretanto, foi frustrada com a venda das fatias da Votorantim, Camargo Corrêa e Caixa dos Empregados (CEU) no bloco de controle da Usiminas à ítalo-argentina Techint.
A CSN classifica as ações da Usiminas como ativos financeiros disponíveis para venda. Em seu balanço a CSN explica que, considerando a volatilidade da cotação das ações da Usiminas, avalia na data de fechamento das demonstrações financeiras se a queda no valor de mercado das ações da Usiminas deve ser considerada significativa ou prolongada.
A análise concluiu que a perda no valor de mercado em relação ao custo de aquisição de 66,3% nas ações ON e de 59% nas PN em 30 de junho de 2012 foi significativa. Em suas demonstrações financeiras a CSN afirma que "além dos investimentos em projetos de crescimento orgânico, a companhia analisa oportunidades de aquisição e aliança estratégica no Brasil e no exterior". O comentário reforça a expectativa de que a companhia de Benjamin Steinbruch continua no páreo com a Techint pela compra da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), da alemã ThyssenKrupp.
Uma das hipóteses já levantadas por analistas do setor é a de que a CSN pode vender suas ações na Usiminas para se capitalizar e financiar a aquisição da CSA, além de buscar financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). A companhia encerrou o ano de 2012 com disponibilidade de caixa de R$ 14,445 bilhões, valor 6% inferior ao do fim de 2011.
Rio de Janeiro - O prejuízo de R$ 480,574 milhões reportado pela Companhia Siderúrgica Nacional ( CSN ) em 2012 foi explicado pela reclassificação contábil de perdas acumuladas nos investimentos em ações de sua concorrente Usiminas.
O impacto sobre o resultado da siderúrgica foi de R$ 1,335 bilhão. Sem o reconhecimento da perda, a companhia teria registrado lucro."Excluindo o efeito dessa reclassificação contábil, que não afeta o caixa, a companhia teria apurado um lucro líquido de R$ 854 milhões em 2012", informou a CSN em documento sobre os resultados da empresa. Ainda assim o lucro líquido seria 76% inferior ao resultado de R$ 3,667 bilhões registrado em 2011.
A participação na Usiminas já tinha feito a CSN registrar um prejuízo de R$ 1 bilhão no 2º trimestre do ano passado. O efeito prejudicial sobre a linha final do balanço da empresa não se repetiu no 3º trimestre, mas pesou no ano. Em 31 de dezembro de 2012, a participação da CSN no capital da Usiminas era de 14,3% das ações ordinárias (ON) e de 20,69% das ações preferenciais (PN).
A compra de ações com direito a voto da Usiminas no mercado, feita de forma gradual, foi uma tentativa do empresário Benjamin Steinbruch, presidente da CSN, de adquirir o controle da siderúrgica mineira. A estratégia, entretanto, foi frustrada com a venda das fatias da Votorantim, Camargo Corrêa e Caixa dos Empregados (CEU) no bloco de controle da Usiminas à ítalo-argentina Techint.
A CSN classifica as ações da Usiminas como ativos financeiros disponíveis para venda. Em seu balanço a CSN explica que, considerando a volatilidade da cotação das ações da Usiminas, avalia na data de fechamento das demonstrações financeiras se a queda no valor de mercado das ações da Usiminas deve ser considerada significativa ou prolongada.
A análise concluiu que a perda no valor de mercado em relação ao custo de aquisição de 66,3% nas ações ON e de 59% nas PN em 30 de junho de 2012 foi significativa. Em suas demonstrações financeiras a CSN afirma que "além dos investimentos em projetos de crescimento orgânico, a companhia analisa oportunidades de aquisição e aliança estratégica no Brasil e no exterior". O comentário reforça a expectativa de que a companhia de Benjamin Steinbruch continua no páreo com a Techint pela compra da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), da alemã ThyssenKrupp.
Uma das hipóteses já levantadas por analistas do setor é a de que a CSN pode vender suas ações na Usiminas para se capitalizar e financiar a aquisição da CSA, além de buscar financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). A companhia encerrou o ano de 2012 com disponibilidade de caixa de R$ 14,445 bilhões, valor 6% inferior ao do fim de 2011.