Negócios

Fatia da Caixa no mercado de crédito sobe a 10,8%

Ao final de março, a carteira da Caixa atingiu o montante de R$ 190,5 bilhões, o que representa 10,87% do sistema financeiro nacional

A carteira comercial do banco atingiu em março um volume de R$ 60,8 bilhões (Lia Lubambo/EXAME)

A carteira comercial do banco atingiu em março um volume de R$ 60,8 bilhões (Lia Lubambo/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2011 às 23h28.

São Paulo - A expansão da carteira de crédito da Caixa Econômica Federal no primeiro trimestre de 2011 contribuiu para que o banco estatal aumentasse sua participação no mercado de crédito brasileiro. Ao final de março, a carteira da Caixa atingiu o montante de R$ 190 5 bilhões, o que representa 10,87% do sistema financeiro nacional.

"Tivemos um crescimento da carteira e também da fatia de mercado, o que é muito importante", destacou Raphael Rezende Neto, vice-presidente de controle e risco da instituição. No primeiro trimestre de 2010 a carteira de crédito da Caixa representava 9,27% do mercado.

A taxa de expansão das operações de crédito do banco nos últimos 12 meses, de 41,5%, é mais do que o dobro da média verificada entre as demais instituições. "Olhando o mercado, a gente cresce tanto do ponto de vista de operações, quanto em captação, poupança e depósitos à vista", salientou Rezende Neto.

As receitas obtidas pelo banco com essas operações de crédito totalizaram R$ 6,2 bilhões nos primeiros três meses do ano, enquanto a prestação de serviços - incluído o dinheiro obtido com a cobrança de tarifas - trouxe para os cofres da instituição R$ 2,8 bilhões no período.

A carteira comercial do banco atingiu em março um volume de R$ 60,8 bilhões. Desse total, cerca de R$ 33 bilhões foram destinados para pessoas jurídicas e o restante para pessoas físicas. As micro, pequenas e médias empresas absorveram 52% dos recursos destinados para as pessoas jurídicas.

Inadimplência

Ao mesmo tempo em que a Caixa conseguiu ampliar suas operações de crédito, a instituição manteve em 2% sua taxa de inadimplência durante o primeiro trimestre do ano. Segundo Rezende Neto, desde 2008 o nível de calote caiu, estabilizando na faixa de 2% a partir do último trimestre do ano passado. Segundo o executivo isso reflete a estrutura da carteira do banco - concentrada em crédito habitacional e consignado - e a melhora na situação econômica da população.

O saldo das operações de crédito para habitação atingiu R$ 117,1 bilhões ao final de março, uma expansão de 50,5% em relação ao primeiro trimestre de 2010. Esse volume representa 75,8% do mercado de crédito imobiliário do País.

A expectativa da direção da Caixa é de aumentar o volume de novas contratações de crédito habitacional ao longo do ano. Segundo Rezende Neto, a estimativa é atingir este ano um total de R$ 81 bilhões, superando os R$ 77 bilhões realizados no ano passado. A projeção considera que a retomada dos financiamentos do programa Minha Casa, Minha Vida - para famílias com renda de até três salários mínimos - só acontecerá a partir da segunda metade do ano, depois que o governo fechar a regulamentação da segunda etapa do programa.

Acompanhe tudo sobre:BancosCaixaCréditoEmpresasFinanças

Mais de Negócios

Gestão de performance: os 5 erros mais comuns e como evitá-los

Vender a casa e continuar morando nela? Startup capta R$ 100 milhões para acelerar essa ideia

Os bilionários que mais ganharam dinheiro em 2024

Número de bilionários cresce no Brasil; soma das fortunas supera 230 bilhões de dólares