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Facebook é alvo de investigação por compartilhar dados de usuários

Aplicativos da empresa enfrentam segundo dia de pane global nos serviços

Facebook: autoridades investigam se usuários sabiam do compartilhamento de dados (NurPhoto/Getty Images)
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AFP

Publicado em 14 de março de 2019 às 09h31.

Procuradores federais de Nova York iniciaram uma investigação sobre o compartilhamento de dados de usuários do Facebook com outras empresas, muitas vezes sem autorização, revelou o jornal The New York Times nesta quarta-feira.

Segundo o jornal, um grande juri de Nova York exigiu oficialmente que "ao menos dois importantes fabricantes de smartphones" proporcionem informação sobre a investigação, que envolveria centenas de milhões de usuários.

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Facebook compartilha ou compartilhou um grande volume de dados de usuários com empresas de tecnologia, incluindo fabricantes de smartphones, através de "alianças" para compatibilizar sistemas operacionais e aplicativos.

A questão é se isto foi feito de maneira transparente com os usuários.

Consultado pela AFP, um porta-voz do Facebook declarou que "coopera com os investigadores e leva a investigação muito a sério (...), respondendo todas as perguntas".

Apenas nos Estados Unidos, a Comissão Federal de Comércio (FTC), a Comissão de Bolsa e Valores e o Departamento de Justiça investigam as práticas do Facebook envolvendo o compartilhamento de dados de usuários.

Pane global

A rede social enfrentava dificuldades para restaurar plenamente seus serviços nesta quinta-feira, depois que uma pane parcial de 17 horas deixou a maior rede social do mundo inacessível para usuários de várias partes do globo, provocando uma onda de queixas na internet.

O número de relatos no site de DownDetector --uma das fontes virtuais mais usadas para se saber a quantidade de panes-- teve um pico de quase 12 mil, diminuindo gradualmente para algumas centenas na manhã desta quinta-feira.

Mas como milhares de usuários se queixaram no Twitter com a hashtag #facebookdown, várias reportagens estimaram milhões de pessoas afetadas.

A BBC e alguns outros veículos de mídia disseram ter sido a pane mais longa da plataforma. A Reuters não conseguiu verificar estas afirmações de imediato.

Representantes do Facebook foram ao Twitter para atualizar os usuários sobre os problemas.

Um porta-voz do Facebook, quando a Reuters lhe pediu mais detalhes, só repetiu o comunicado inicial sobre a pane emitido na quarta-feira, dizendo que a empresa está trabalhando para resolver a questão o mais rápido possível.

Aplicativos do Instagram, Whatsapp e Facebook não funcionaram durante boa parte da quarta-feira, mas a rede de compartilhamento de fotos disse ter voltado ao ar na manhã desta quinta-feira. O Facebook ainda não forneceu nenhuma atualização sobre seus outros serviços.

"Estamos de volta", tuitou o Instagram com um GIF de Oprah Winfrey gritando com entusiasmo.

Usuários de redes sociais de algumas partes dos Estados Unidos e da Europa, assim como do Japão, foram afetados pela interrupção, de acordo com o mapa de panes ao vivo do DownDetector.

"Galera, não recebi minha dose diária de memes ultrapassados, e acho que é por isso que estou ranzinza. #FacebookDown", tuitou a usuária Mayra Mesina.

A empresa sediada em Menlo Park, na Califórnia, que recebe a maior parte de sua renda de anúncios, disse à Bloomberg que ainda está investigando o impacto geral, "incluindo a possibilidade de ressarcimento dos anunciantes".

O Facebook ainda disse no Twitter que o problema não tem relação com um ataque distribuído de negação de serviço (DDoS).

Em um ataque DDoS, hackers usam redes de computadores que controlam para enviar um número tão grande de pedidos de informação de sites que os servidores que os abrigam não conseguem mais administrar o tráfego e os sites se tornam inacessíveis.

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