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Fábricas da Parmalat no mundo valem cerca de 2 bilhões de euros

As fábricas da Parmalat no mundo não valem mais do que 2 bilhões de euros, enquanto a dívida da empresa pode chegar a 14 bilhões de euros. As informações foram passadas ao britânico Financial Times por fontes próximas às investigações da justiça italiana. Até agora, os promotores que investigam o escândalo estimavam que a dívida […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

As fábricas da Parmalat no mundo não valem mais do que 2 bilhões de euros, enquanto a dívida da empresa pode chegar a 14 bilhões de euros. As informações foram passadas ao britânico Financial Times por fontes próximas às investigações da justiça italiana.

Até agora, os promotores que investigam o escândalo estimavam que a dívida do grupo estivesse entre 10 e 13 bilhões de euros e não há avaliação dos ativos da empresa. Só no Brasil, a Parmalat possui sete fábricas.

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Ontem (21/1), uma das unidades foi dada ao Unibanco o menor credor financeiro da companhia no Brasil, com exposição de 20 milhões de reais como garantia de pagamento da dívida. A fábrica de Jundiaí é a única unidade da Parmalat em São Paulo produz chás, sucos, biscoitos e creme de leite.

Unilever

A fábrica da Unilever que havia sido comprada pela Parmalat e depois devolvida ainda continua nas mãos dos italianos mas em sistema de arrendamento. De acordo com a assessoria de imprensa da Unilever, a unidade de atomatados de Rio Verde, Goiás comprada antes do escândalo financeiro vir à tona - foi arrendada para a Parmalat pelo período de um ano.

Investigação parlamentar no Brasil
Uma comissão especial da Câmara dos Deputados vai investigar os negócios da Parmalat no Brasil. Na próxima terça-feira (27/1), os 21 parlamentares que integram a comissão irão se reunir para definir um cronograma de trabalho e votar os primeiros requerimentos de audiências públicas com os envolvidos no escândalo financeiro.

Eleito presidente da comissão, o deputado Waldemir Moka (PMDB-MS) nomeou Assis Miguel (PT-PR) para a relatoria. Moka disse que a comissão precisa ter acesso aos documentos e às pessoas responsáveis pela Parmalat no Brasil. "Se tem recursos públicos envolvidos, quem preside essas instituições também deve ser ouvido", afirmou ele à Agência Brasil.

O parlamentar esclareceu que o primeiro passo da comissão será a avaliação da situação dos pequenos produtores rurais que estão endividados por causa da crise na Parmalat. De acordo com o relator Assis Miguel, um milhão e meio de pessoas dependem diretamente da produção leiteira no Brasil. É preciso identificar onde estão os fatores que levaram a Parmalat a criar tamanho prejuízo , disse ele.

Segundo Francisco Turra (PT-RS), um dos integrantes da Comissão de Agricultura da Câmara, a empresa italiana é responsável pela compra de 1 bilhão de litros de leite por ano no Brasil. "Neste primeiro momento, a função da comissão é acompanhar o desfecho da crise. Se forem encontradas irregularidades, ela poderá sugerir a criação de uma CPI", disse o parlamentar, lembrando que os congressistas deverão convocar os diretores da Parmalat no Brasil para participar de audiências na Câmara.

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