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Imprensa do Líbano diz que Ghosn chegou ao país em um avião particular

Não ficou claro como ex-executivo, que possui cidadanias francesa e libanesa, conseguiu deixar o Japão, onde ele estava sob medidas restritivas

Carlos Ghosn: ex-executivo estava sob medidas restritivas impostas pela justiça japonesa (Renault e Nissan/Divulgação)

Carlos Ghosn: ex-executivo estava sob medidas restritivas impostas pela justiça japonesa (Renault e Nissan/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 30 de dezembro de 2019 às 19h26.

Última atualização em 30 de dezembro de 2019 às 21h04.

São Paulo - Carlos Ghosn, o ex-presidente demitido da aliança Renault-Nissan que estava esperando julgamento no Japão, viajou para o Líbano na noite desta segunda-feira, publicou o jornal francês Les Echos.

De acordo com o jornal libanês "Al Yumhuriya", o ex-executivo chegou na noite de segunda-feira ao aeroporto de Beirute, procedente da Turquia, a bordo de um avião particular.

A versão digital do jornal não deu nesta terça (data local) mais detalhes sobre a chegada do empresário à capital do Líbano, e disse que não ter conhecimento da situação legal de Ghosn, que também tem a nacionalidade francesa e libanesa.

Não houve confirmação imediata de autoridades sobre a viagem de Ghosn pelas autoridades japonesas.

Não ficou claro como Ghosn, que possui cidadanias francesa e libanesa, conseguiu deixar o Japão, onde ele estava sob medidas restritivas sobre seus movimentos impostas pela Justiça japonesa.

Ghosn foi preso pouco depois que seu jato particular pousou em um aeroporto de Tóquio em 19 de novembro do ano passado. Ele é réu em quatro acusações que incluem ocultação de patrimônio e enriquecimento por meio de pagamentos feitos a concessionárias no Oriente Médio. Ele nega as acusações.

A Nissan demitiu Ghosn, afirmando que investigações internas da montadora revelaram conduta indevida por ocultação de seu salário quando ele era presidente-executivo da empresa e transferência de 5 milhões de dólares em recursos da Nissan para uma conta na qual ele tinha participação.

Os advogados de Ghosn pediram à Justiça para desconsiderar todas as acusações contra ele. Eles acusam a promotoria do Japão de conluio com autoridades e executivos da Nissan para afastá-lo da montadora e impedir a tomada de controle da empresa pela parceira francesa Renault, da qual Ghosn era presidente do conselho de administração.

Ghosn passou um longo período preso, mas mais recentemente recebeu permissão para deixar a prisão sob pagamento de fiança e cumprimento de medidas que limitaram seus movimentos e que exigiam que ele ficasse no Japão.

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