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Ex-executivo diz que Murdoch sabia de escutas ilegais

Tom Crone garantiu que o dono do grupo News Corp. mentiu ao Parlamento inglês ao dizer que não havia sido informado dos grampos

O executivo garante que Murdoch e seu filho já haviam sido informados dos grampos ilegais (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2011 às 14h22.

Londres - O ex-conselheiro-chefe de assuntos jurídicos da "News International", Tom Crone, afirmou nesta terça-feira que tem certeza de ter informado James Murdoch, presidente do grupo, sobre a existência de um e-mail que sugeria a prática de escutas ilegais no "The News of the World".

A afirmação foi dada em uma audiência do Comitê de Meios de Comunicação da Câmara dos Comuns. De acordo com Crone, Murdoch e seu filho James sabiam da existência da mensagem, conhecida como "Para Naville", embora tenham dito ao mesmo comitê em julho que desconheciam o e-mail.

Na mensagem havia a transcrição de uma informação obtida ilegalmente sobre Gordon Taylor, diretor de uma federação de jogadores de futebol. Na mesma reunião em que Murdoch foi informado sobre o e-mail, ele teria autorizado um pagamento de mais de 425 mil libras (cerca de 480,2 mil euros) como indenização a Taylor pelas escutas ilegais.

Quando este e-mail interno foi circulado, em abril de 2008, o então correspondente da família real para o "The News of the World", Clive Goodman, já havia sido preso por ter grampeado telefones para obter informações exclusivas.

Além de Crone, comparecem ao comitê o antigo diretor do tabloide Colin Myler, o ex-diretor jurídico Jon Chapman e o ex-diretor do departamento de Recursos Humanos Daniel Cloke.

Em declarações feitas à "BBC" no último mês, o presidente do Comitê de Cultura, John Whittingdale, não descartou chamar Rupert Murdoch novamente para responder mais perguntas.

A Polícia Metropolitana de Londres continua investigando o caso das escutas ilegais feitas por jornalistas do "The News of the World", que fechou suas portas no dia 10 de julho em decorrência do escândalo das escutas ilegais após 168 anos de história.

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A afirmação foi dada em uma audiência do Comitê de Meios de Comunicação da Câmara dos Comuns. De acordo com Crone, Murdoch e seu filho James sabiam da existência da mensagem, conhecida como "Para Naville", embora tenham dito ao mesmo comitê em julho que desconheciam o e-mail.

Na mensagem havia a transcrição de uma informação obtida ilegalmente sobre Gordon Taylor, diretor de uma federação de jogadores de futebol. Na mesma reunião em que Murdoch foi informado sobre o e-mail, ele teria autorizado um pagamento de mais de 425 mil libras (cerca de 480,2 mil euros) como indenização a Taylor pelas escutas ilegais.

Quando este e-mail interno foi circulado, em abril de 2008, o então correspondente da família real para o "The News of the World", Clive Goodman, já havia sido preso por ter grampeado telefones para obter informações exclusivas.

Além de Crone, comparecem ao comitê o antigo diretor do tabloide Colin Myler, o ex-diretor jurídico Jon Chapman e o ex-diretor do departamento de Recursos Humanos Daniel Cloke.

Em declarações feitas à "BBC" no último mês, o presidente do Comitê de Cultura, John Whittingdale, não descartou chamar Rupert Murdoch novamente para responder mais perguntas.

A Polícia Metropolitana de Londres continua investigando o caso das escutas ilegais feitas por jornalistas do "The News of the World", que fechou suas portas no dia 10 de julho em decorrência do escândalo das escutas ilegais após 168 anos de história.

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