De estrela de Stranger Things a atriz de novela: as celebridades à frente de negócios com propósito
Reunimos, aqui, cinco artistas que transformaram o engajamento em causas sociais e ambientais em negócios sustentáveis (e com propósito). Confira
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2022 às 16h57.
Última atualização em 28 de agosto de 2022 às 22h45.
No começo de agosto, a marca de cosméticos Florence by Mills começou a ser vendida no Brasil, e o anúncio agitou a internet. A linha de produtos de beleza é vegana e ecofriendly, certificada pela ONG Peta como cruelty-free (livre crueldade) e sem substâncias de origem animal.
Mas o que realmente gerou interesse foi o fato de sua fundadora ser a atriz Millie Bobby Brown, conhecida por interpretar Eleven, a protagonista do fenômeno Stranger Things , da Netflix.
Florence by Mills chegou ao país um dia após outra linha de maquiagem com a pegada sustentável e criada por uma celebridade mundial ser lançada por aqui: a Rare Beauty, de Selena Gomez.
Rare Beauty de Selena Gomez é vegana?
Também vegana e certificada como cruelty-free, a preocupação ambiental da marca se estende às embalagens. A caixa, o tecido e o cordão utilizados são feitos de fibra reciclada e 100% reciclável, assim como a espuma, que é produzida em material ecologicamente correto (milho), compostável e que se dissolve em até 60 dias em solo úmido.
“Eu queria criar uma marca que fosse pensada, por dentro e por fora. Dos produtos às embalagens, e até aos fornecedores com os quais fazemos parceria. Estamos constantemente aprendendo e melhorando para tornar tudo melhor para você e para o meio ambiente”, diz a atriz e cantora no site da empresa.
Moda e sustentabilidade
Como as duas artistas internacionais, celebridades brasileiras também estão à frente de negócios com uma proposta consciente e sustentável. Confira três delas:
Marina Ruy Barbosa
A atriz lançou em 2020 a Shop Ginger. Com peças versáteis e de design atemporal, a marca de moda usa matéria-prima e produtores brasileiros e preza pelo cuidado com o seu impacto ambiental —inclusive em detalhes como a tag das roupas, que são feitas de papel semente reciclável e biodegradável, e as embalagens do ecommerce, que têm o selo eureciclo, que assegura a compensação ambiental.
Além disso, a empresa tem na sua concepção o apoio a causas ambientais e sociais. No ano passado, uma das coleções, por exemplo, foi criada especialmente em prol da ONG Casa do Rio, no Amazonas, que coordena iniciativas voltadas para educação, empreendedorismo e agroecologia.
Mudas foram vendidas no site para arrecadar recursos e todo o lucro das vendas da coleção foi revertido para a criação do viveiro agroflorestal da organização, que produziria mudas de espécies nativas da Amazônia para reflorestar áreas degradadas.
As peças ainda foram confeccionadas em malha de fios 100% desfibrados, vindas de resíduos de confecções têxteis, o que economiza água e corante no processo de tingimento, e o acabamento antiviral (reduz a hospedagem de vírus no tecido) utilizou uma formulação baseada em química verde, com estabilizante natural de origem brasileira.
Thaila Ayala
Foi também em 2020 que Thaila Ayala fundou Amar.ca, junto com duas amigas, que haviam ficado sem trabalho durante a pandemia.
Por trás do negócio, a inspiração é o conceito de moda consciente. A começar pelas cores e modelagens versáteis da maioria das peças, para que durem mais no guarda-roupa e possam ser usadas tanto por mulheres quanto por homens.
O algodão utilizado na confecção possui o selo BCI (Better Cotton Initiative), garantindo a produção sustentável da matéria-prima. Assim como Marina, a empresa de Thaila tem o certificado eureciclo.
“Isso quer dizer que destinamos recursos à cadeia de reciclagem para retirarem do meio ambiente uma quantidade maior do que 100% dos materiais utilizados na produção de nossas embalagens”, explica o site da Amar.ca.
Para fazer sua parte no enfrentamento das mudanças climáticas, a grife ainda neutraliza suas emissões de carbono com o plantio de árvores na Amazônia. “Assim, também geramos inclusão e renda para as populações amazônicas, cuidamos de quem cuida da maior floresta tropical do planeta”.
Sergio Marone
No fim do ano passado, o ator Sergio Marone, que tem um histórico junto a causas ambientais, idealizou a Tukano, uma plataforma que reúne marcas e produtos com consciência ecológica.
O portfólio é variado e inclui itens como cosméticos, acessórios para cuidados pessoais, objetos para casa e até fraldas ecológicas. Por enquanto, são três parceiros, que têm em suas propostas transformações sociais e ambientais – Beegreen, Morada da Floresta e Paz em Gaia –, além da marca própria, que possui uma linha de biocosméticos.
Segundo a plataforma, nenhum dos produtos é testado em animais ou gera impacto negativo em qualquer ecossistema e há o compromisso de reduzir o desperdício, com incentivo a alternativas de reaproveitamento, reciclagem e ressignificação.
“Pequenas escolhas fazem toda diferença — da produção à embalagem, somos movidos pela sustentabilidade. Mudar a nossa forma de consumo é essencial para garantirmos um futuro mais saudável e promissor para todos”, diz o manifesto da Tukano.