Estes são os 3 principais desafios de mulheres empreendedoras - e como superá-los para ter sucesso
Em evento gratuito, empresárias compartilham experiências e dicas para impulsionar o seu negócio
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2022 às 09h00.
Após séculos de desigualdade, as mulheres vêm conquistando cada vez mais espaço nas últimas décadas e passando a ocupar lugares, cargos e posições que antes eram exclusivamente masculinos. Entre eles está o empreendedorismo. De acordo com uma pesquisa feita pelo LinkedIn (2020), o número de mulheres que começaram um negócio próprio cresceu 41% em relação ao ano anterior, enquanto entre os homens a alta foi de 22%.
Considerando desde que os dados começaram a ser contabilizados, em 2016, o número de mulheres empreendedoras dobrou. Hoje, o país conta com 43 milhões de empreendedores, dos quais 45,6% são mulheres, segundo a principal pesquisa sobre empreendedorismo do mundo, Global Entrepreneurship Monitor 2021 (GEM), realizada em parceria com o Sebrae.
Ter um negócio próprio é o terceiro maior sonho de 46% dos brasileiros, superando o objetivo de construir carreira em uma empresa, que ocupa o 8º lugar na lista dos desejos. Não à toa, o país é o 7º com maior número de empreendedores no mundo. Mas isso não significa que o processo é fácil. E, para as mulheres, há ainda mais desafios e obstáculos - assim como em muitas outras áreas.
Confira, a seguir, quais são os 3 principais obstáculos enfrentados por empreendedoras e como superá-los.
1. Barreiras sociais e falta de apoio
Apesar das mudanças sociais em direção à igualdade de gênero, há quem ainda questione a capacidade de mulheres para gerir empresas. Esse comportamento faz com que empreendedoras sejam vistas com desconfiança e falta de credibilidade por clientes e investidores. Nesse cenário, é comum o sentimento das mulheres de que precisam fazer um esforço muito maior que os homens para alcançar os mesmos resultados.
Para amenizar essa situação - que infelizmente vai levar tempo para mudar na sociedade como um todo - as mulheres podem buscar fazer parte de uma rede de apoio. Juntar-se a outras donas de empresas pode trazer inspiração, além de networking e possibilidades de negócio.
Uma boa oportunidade para empreendedoras realizarem essa troca e aprender com a trajetória de outras que já passaram pelo mesmo caminho é o evento Agora é que são elas.
Programado para acontecer no dia 17 de novembro, com início às 9h, o Agora É que São Elas é gratuito e online e foi pensado para mulheres empreendedoras (ou que sonham em empreender), mas que ainda se sentem pouco inspiradas, com medo de falhar e sozinhas nesta jornada.
Ao reunir as principais lideranças femininas do momento no mundo dos negócios, o evento revelará lições e histórias sobre temas como: liberdade financeira, maternidade, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, saúde mental, empreendedorismo nas universidades e como lidar com os fracassos nos negócios.
Serão 10 painéis de discussão com diversos nomes do empreendedorismo feminino brasileiro como:
- Louise Barsi, cofundadora do Ações Garantem Futuro
- Carol Paiffer, CEO da ATOM S/A
- Fabiana Tchalian, fundadora da Água na Caixa
- Adriana Barbosa - Fundadora da Feira Preta
- Rachel Maia - Fundadora e CEO da RM Consulting
- Dani Junco - Fundadora da B2Mamy
- E outros.
Para participar dos painéis, basta se inscrever no site oficial do evento, clicando aqui , e ficar atento às comunicações enviadas por e-mail. Por lá os inscritos receberão avisos, conteúdos exclusivos e o link para acessar os painéis no dia do evento.
A inscrição é 100% gratuita e essa é uma oportunidade única para mulheres que sonham em alavancar os seus negócios ainda este ano.
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2. Dificuldade para conseguir crédito
Na hora de buscar crédito ou investimentos, as empresas fundadas e comandadas por mulheres ficam em desvantagem em relação aquelas com liderança masculina. De acordo com um estudo conjunto da Distrito, B2mamy e Endeavor, startups fundadas apenas por mulheres representam apenas 4,7% do ecossistema nacional. Essas iniciativas receberam apenas o equivalente a 0,04% de todo o valor investido em startups em 2020.
E o cenário é o mesmo quando ampliamos para uma análise global. Dados da plataforma Crunchbase mostram que as mulheres receberam o equivalente a 2,3% dos investimentos de capital de risco em 2020. O volume também caiu consideravelmente, de US$ 6,2 bilhões em 2019 para US$ 4,9 bilhões em 2020.
3. Dupla jornada
Por fim, um dos grandes desafios das mulheres que comandam um negócio é conseguir conciliar as várias jornadas de trabalho, que englobam a maternidade e tarefas domésticas.
De acordo com a pesquisa "Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil", do IBGE (2021), as mulheres gastam quase o dobro do tempo que os homens para afazeres domésticos e cuidados com as pessoas da casa. Elas passam 21h por semana nessas tarefas, enquanto eles gastam cerca de 11 horas.
Para quem precisar tocar um negócio, essa desproporção afeta muito o trabalho. Uma forma de contribuir para alterar esses números é exigir uma divisão mais justa das tarefas domésticas e responsabilidade seja com a casa, os filhos ou até mesmo os pets.
Clique aqui e participe do Agora É que São Elas, evento para empreendedoras que buscam o sucesso