Este hospital nomeou um diretor de IA – agora está mais perto de encontrar a cura para doença rara
Inteligência artificial não está mais restrita ao setor de TI: veja exemplos de negócios (dos mais diferentes setores) que investem na tecnologia e colhem bons resultados
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Publicado em 24 de outubro de 2024 às 09h33.
A Clínica Mayo, no Arizona, Estados Unidos, já era reconhecida por ser o maior centro de medicina integrada do mundo, porém, agora, outra conquista do centro hospitalar está chamando a atenção: eles nomearam um diretor de inteligência artificial.
Fazia tempo que o hospital experimentava ferramentas de IA em seus procedimentos, mas, após o lançamento do ChatGPT, em 2022, decidiram que era hora detrabalhar mais ativamente com a tecnologia. E que precisavam de alguém para coordenar os esforços.
O médico radiologista Bhavik Patel foi escolhido para ocupar a posição. O desafio era audacioso: liderar a implementação de um modelo de inteligência artificial que promete trazer mais velocidade ao diagnóstico e tratamento de uma doença cardíaca rara.
Graças à tecnologia, Patel e sua equipe não apenas diagnosticam com antecedência, mas podem prever riscos e adotar tratamentos mais assertivos. E isso é um diferencial valioso: o diagnóstico rápido está diretamente ligado à redução da mortalidade.
"Estamos tentando promover algumas dessas capacidades de dados e IA em todos os departamentos, todas as divisões e grupos de trabalho", diz Richard Gray, diretor executivo da Clínica Mayo, em entrevista para o The New York Times. Segundo ele, o papel de diretor de inteligência artificial foi criado porque "ajuda a ter uma função de coordenação com a profundidade da experiência".
Inteligência artificial está se expandindo para outros mercados
Assim como a Clínica Mayo, outros negócios – dos mais diferentes tamanhos e segmentos e nos mais diferentes países – passaram a adotar ferramentas de inteligência artificial em suas tarefas cotidianas.
É o caso da Equifax, agência de crédito norte-americana, que no último ano nomeou executivos de IA para os seus escritórios de advocacia. Nos veículos de comunicação, também há espaço: em 2023, o The New York Times, um dos maiores jornais do mundo, nomeou um diretor editorial com foco apenas nas iniciativas de inteligência artificial. No Brasil, a EXAME nomeou Miguel Fernandes para o cargo de Chief Artificial Intelligence Officer (CAIO), com foco em desenvolver soluções baseadas em IA.
Uma das grandes empresas mundiais de consultoria, a Accenture, contratou um diretor de IA em setembro de 2023 devido ao interesse dos próprios clientes pela tecnologia. Lan Guan, que trabalhava com dados, foi promovida ao novo cargo com a função de assessorar os clientes sobre como incorporar a tecnologia em seus negócios.
Na Western University, em Ontário, no Canadá, o professor Mark Daley assumiu o cargo de diretor de IA em outubro de 2023. Daley colabora com o corpo docente para desenvolver novos cursos com auxílio da tecnologia. “Estamos em um momento em que a melhor abordagem para a IA generativa é, na verdade, a exploração e a experimentação”, diz ele em entrevista para o The New York Times.
Quem não aprender a usar a IA, ficará para trás, diz especialista
Casos como esses mostram que não há barreiras nem limites para a inteligência artificial. O consenso entre especialistas é que, independente da área, sempre há espaço para implementar ferramentas de IA e aproveitar os benefícios que elas podem oferecer.
No entanto, é preciso estar atualizado sobre o que há de novo no mercado de tecnologia. Para Miguel Lannes, especialista em IA e professor da Faculdade EXAME, se isso não for feito, empresas e profissionais vão ficar para trás. “O capitalismo vai mudar e, se você não aprender a usar a inteligência artificial, é muito possível que seu concorrente aprenda e isso te deixe para trás”, diz ele.
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- Principais ferramentas e conceitos relacionados à tecnologia;
- Estudos de caso de empresas referências no uso da IA;
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