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Espanhola Air Nostrum pede licença para operar voos regionais no Brasil

Companhia planeja começar atividades no segundo semestre de 2020

Air Nostrum: espanhola é especializada em voos regionais na Europa (Air Nostrum/Divulgação)

Air Nostrum: espanhola é especializada em voos regionais na Europa (Air Nostrum/Divulgação)

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Denyse Godoy

Publicado em 7 de fevereiro de 2020 às 09h39.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2020 às 11h01.

A companhia aérea espanhola especializada em voos regionais Air Nostrum está pedindo autorização à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar rotas domésticas no Brasil.

Representantes da Air Nostrum se reuniram ontem com executivos da Anac para conversar sobre os planos, segundo comunicado da agência, que regula o mercado aéreo no país.

Depois de obter a licença, a Air Nostrum – que é baseada em Valência – pretende adotar outro nome comercial no Brasil e começar a oferecer voos regionais. O início da operação está previsto para o segundo semestre de 2020.

Controlada desde 1994 pelo empresário espanhol Carlos Bertomeu, a Air Nostrum transportou 4,7 milhões de passageiros em 75.000 voos para 54 aeroportos em 2018, de acordo com os dados mais recentes disponíveis. A Air Nostrum tem uma parceria exclusiva para operar voos regionais no continente europeu para a também espanhola Iberia.

A dona da Air Nostrum em novembro passado comprou da companhia turística espanhola Globalia o controle da Air Europa por 1 bilhão de euros. A Air Europa opera há 15 anos voos ligando capitais brasileiras a Madri. Executivos do mercado aéreo brasileiro especulam que as duas subsidiárias da Iberia podem fazer no futuro um acordo para transportar o passageiro que vem da Europa até o seu destino final no interior do país por preços mais baixos.  

A Air Nostrum é a segunda companhia aérea estrangeira a pedir autorização para operar voos domésticos no Brasil, e também a segunda espanhola. No ano passado, a Globalia, que ainda tem uma participação pequena na Air Europa, conseguiu licença da Anac para operar localmente no Brasil. A Globalia, contudo, ainda não começou a operação nem divulgou planos sobre eventuais rotas que planeja operar. A legislação que impedia que companhias aéreas com capital 100% estrangeiro operassem voos domésticos no país foi alterada no ano passado. Até então, somente empresas com menos de 20% de participação de grupos do exterior podiam voar localmente. 

Além da Air Europa, o Brasil viu uma enxurrada de companhias aéreas chegando ao país no ano passado. Até agora, foram autorizadas a voar no país a argentina Flybondi (que faz voos para Buenos Aires), as chilenas JetSmart e Sky (para Santiago) e a norueguesa Norwegian (que liga o Rio de Janeiro a Londres). Todas atuam no formato de operação de baixo custo, que oferecem passagens mais baratas em troca de menos serviços e maior eficiência operacional. Todas elas, contudo, fazem somente voos internacionais, diferentemente do que planeja a Air Nostrum.

A corrida de empresas aéreas estrangeiras para começar a servir o Brasil é também resultado de um esforço da Anac para atrair mais operadoras, ampliando o número de destinos atendidos, fomentando a concorrência e estimulando o desenvolvimento regional do país.

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