Negócios

Empresa britânica é acusada de racismo na Cisjordânia

Veolia é acusada de ser a responsável por ônibus que só aceitam israelenses; ativista diz que testemunhas não conseguem vistos para depor

A empresa atua na Cisjordânia, na região da Palestina (Tiamat/Wikimedia Commons)

A empresa atua na Cisjordânia, na região da Palestina (Tiamat/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de março de 2011 às 13h38.

Londres - Uma empresa britânica de gestão de serviços domésticos foi acusada de participar de projetos "racistas" de transporte nos territórios ocupados da Cisjordânia.

A acusação será apresentada ao Tribunal Russell, que se reunirá neste fim de semana em Londres, por Adri Nieuwhof, consultor holandês e ativista de direitos humanos.

O tribunal civil foi criado em 1967 pelo filósofo Bertrand Russell para julgar os crimes de guerra cometidos no Vietnã.

Adri Nieuwhof também apresentará nesse fórum provas da "discriminação racial" dessa empresa, a Veolia, em suas práticas trabalhistas.

A notícia foi divulgada em comunicado do próprio Tribunal Russell, que faz um apelo às administrações locais para que excluam a Veolia da licitação de contratos públicos.

Nieuwhof denunciou a participação da empresa britânica em um serviço elétrico e um ônibus de rota com "serviços só para israelenses".

Além disso, segundo o tribunal, dois especialistas palestinos que deveriam testemunhar no processo estão encontrando dificuldades para conseguir vistos no consulado britânico em Jerusalém.

Ambos devem depor neste fim de semana a respeito da participação da Veolia e da Elbit, fabricante de armas israelense, na ocupação ilegal da Cisjordânia.

Entre os membros do júri londrino estão os advogados britânicos lorde Anthony Gifford, Michael Mansfield e John Dugart, ex-relator especial sobre os direitos humanos nos territórios ocupados.

Acompanhe tudo sobre:Conflito árabe-israelenseIsraelJustiça

Mais de Negócios

A malharia gaúcha que está produzindo 1.000 cobertores por semana — todos para doar

Com novas taxas nos EUA e na mira da União Europeia, montadoras chinesas apostam no Brasil

De funcionária fabril, ela construiu um império de US$ 7,1 bilhões com telas de celular para a Apple

Os motivos que levaram a Polishop a pedir recuperação judicial com dívidas de R$ 352 milhões

Mais na Exame