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Ele usa IA para melhorar uma burocracia que movimenta 12% do PIB e impacta a vida de todos

A paulistana StartGi criou tecnologias para dar transparência às licitações públicas. Agora, capta recursos de fundo de R$ 50 milhões da KPTL e Cedro Capital para disrupção da máquina pública

Juliano Montesino Caldeira, da StartGi: aporte de fundo com R$ 50 milhões captados com empresas interessadas na eficiência da gestão pública como Positivo e Multilaser (Divulgação/Divulgação)
Leo Branco

Editor de Negócios e Carreira

Publicado em 5 de setembro de 2024 às 11h55.

Uma das startups brasileiras pioneiras no emprego de tecnologia para ganhos de eficiência na máquina pública, a StartGi levantou uma rodada de investimento capitaneada pela KPTL, uma das principais gestoras de venture capital do Brasil focadas em governos.

O valor do aporte não foi divulgado.

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Fundada em 2015, em São Paulo, a StartGi criou uma plataforma para licitações públicas.

Trata-se de um dos temas mais espinhosos aos gestores públicos. A corrupção endêmica em compras públicas vem, cada vez mais, ganhando atenção dos órgãos de controle (os Tribunais de Conta, por exemplo), bem como do Ministério Público e, também, das forças policiais.

As ferramentas da StartGi visam dar mais transparência às licitações e, assim, minimizar o risco de mal-feitos nessas compras.

O que faz a StartGi

São quatro ferramentas:

À frente da StartGi está o empreendedor Juliano Montesino Caldeira. Formado em sistemas de informação, Caldeira fez carreira na conexão entre os times de TI e de vendas em grandes empresas, como a multinacional de outsourcing ADP e as corretoras de benefícios corporativos Aon e Qualicorp.

A jornada empreendedora dele começou com um olhar atento à burocracia elevada das empresas onde trabalhou, e também na de amigos, para fazer negócios com governos.

Como o recurso vai ser empregado

Com os recursos, a StartGi contrata gente para as áreas de tecnologia, comercial e marketing.

"Estamos empolgados porque trará musculatura para a empresa, além de conhecimento de mercado, reputação e múltiplas conexões", diz Caldeira. "O dinheiro vai trazer conforto de caixa, mas a inteligência ofertada pelo Fundo é o mais importante. Até hoje, fomos muito tímidos, mais conhecidos pelos nossos clientes. Essa visibilidade vai ser muito importante para nós."

O aporte na StartGi foi feito por meio do Fundo GovTech da KPTL, que é gerido em parceria com a Cedro Capital.

Lançado em 2022, o Fundo é pioneiro na América Latina por focar só em govtechs com soluções disruptivas.

O fundo já captou 50 milhões de reais com empresas como Positivo, Multilaser, Kimak e VIPH, além de agências de fomento, como AgeRio, Badesul e GoiásFomento.

O Fundo pretende investir em 20 a 30 companhias, contribuindo para a transformação digital do setor público.

O aporte na StartGi é o quarto investimento do fundo, que já investiu em soluções para tratamento de água ( Augen ), gestão de projetos socioculturais ( Prosas ) e portal de relacionamento entre cidadãos e poder público ( Colab ).

APORTES EM STARTUPS EM 2024

O que atraiu os investidores

O que chamou a atenção dos investidores foi a capacidade da StartGi reduzir custos de empresas e governos em processos de licitação.

"Vender para o setor público possui uma série de complexidades e exige elevados níveis de governança, que são difíceis de serem atendidos", diz Adriano Pitoli, head do Fundo GovTech na KPTL.

"Depois de uma longa prospecção, ficamos convictos que a StartGi vem conseguindo endereçar com sucesso o desafio das grandes empresas em vender para o governo."

Para Alessandro Machado, CEO da Cedro Capital, o assunto 'compras públicas' é um tema estratégico.

"As compras governamentais movimentam mais de 12% do PIB brasileiro, e as empresas como a StartGI, que trazem eficiência e economicidade para esses processos geram impactos significativos tanto para os órgãos públicos compradores como para as empresas que vendem para o governo", diz.

Acompanhe tudo sobre:StartupsVenture capitalGestão pública

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