“Ele queria viver até os 120”, lembra biógrafo de Klein
Elias Awad, escritor e biógrafo, fala sobre sua relação com Samuel Klein, das Casas Bahia, que faleceu aos 91 anos
Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2014 às 20h25.
“Elias, quanto maior o problema, maior a oportunidade...”
Assim foi o início da nossa primeira conversa no ano de 2011 e que marcava os primeiros passos da biografia que eu escreveria do empresário Samuel Klein.
Problema versus oportunidade...“O que será que o senhor Samuel Klein quis dizer com esta frase?” – pensei.
O tempo e as conversas diárias nos aproximaram! Mais e mais passei a conhecer a essência de Samuel Klein e dos diversos papéis que ele “interpretava” nessa grande “peça” chamada vida.
O tempo também traduziu com clareza as palavras de Samuel Klein. Estrear como biógrafo e escritor com o livro do Rei do Varejo, Samuel Klein, parecia a mim, num primeiro momento, um enorme problema.
Mas, na verdade, era uma estrondosa oportunidade. Treze anos depois, cá estou escrevendo a 19ª biografia e o livro do empresário Samuel Klein chegou à sua 5ª edição.
Samuel Klein estava certo naquele pensamento e em inúmeros outros.
Quanto mais conhecia as formas de ser, pensar e agir do empresário, pai, amigo, patrão, cliente, mais me encantava, aprendia e me transformava com aquela história de luta, perseverança, liderança, gestão, foco, reinvenção do negócio, criatividade e muito sucesso.
Quanto mais conhecia o ser humano Samuel Klein, mais tornava maiúsculas as letras que compunham essas duas palavras: SER HUMANO...
Nas despedidas ao senhor Samuel Klein revi e revivi o “filme” das nossas conversas, para que pudesse escrever a biografia dele. Choramos, suspiramos, vibramos, nos arrependemos e comemoramos juntos cada passagem da vida do senhor Samuel Klein.
Os tempos mais duros? Claro, a Segunda Guerra Mundial, onde o judeu-polonês Samuel Klein foi prisioneiro e submetido às barbaridades cometidas pelo exército de Hitler contra os judeus.
Certa vez, perguntei ao empresário: Senhor Samuel, mediante tanto sofrimento e a incerteza da Segunda Guerra, por que o senhor queria ainda viver? E recebi este diamante já lapidado como resposta: Porque eu acreditava que o amanhã seria melhor!
Samuel Klein, passando fome, frio, sofrendo pelas dores físicas do trabalho excessivo e abusivo, e pelas piores das dores, as morais, ainda acreditava que o amanhã iria ser melhor. Então, quem somos nós para duvidar disso? Então, quem somos nós para não lutar e fazer com que isso aconteça?
Os tempos mais áureos? O final da década de 1960, quando Samuel Klein comprou uma financeira e confessou: “Cada dinheiro que entrava, eu multiplicava por 5!”
Os tempos mais sensíveis? Conhecer Ana, que veio a se tornar Ana Klein, e constituir uma família!
Começar a escrever sobre Samuel Klein é uma das ações mais fácies da minha vida. Difícil é terminar esse texto! Certamente, muitas passagens, aprendizados e legados não cabem aqui! Mas Samuel Klein me permitiu colocá-los todos em sua biografia.
Ali está constatação e a prática daquilo que Samuel Klein acreditava, pautado por duas frases mágicas: O Sol nasceu para todos e Viver e deixar viver! Ambas, Samuel Klein seguiu à risca.
Aproveitou o pedaço do Sol a ele destinado para também aquecer e iluminar muita gente. Viveu e deixou viver, tornando milhões de pessoas felizes.
A alguns deles gerou emprego, oportunidades, riqueza, estudos, casa própria, conforto e bem-estar, além de estima. Por meio de sua obra, gerou felicidade no passado, no presente e continuará a fazê-lo no futuro.
Samuel Klein só não conseguiu cumprir uma de suas promessas registradas no livro: a de que viveria até os 120 anos. Morreu hoje, aos 91.
Mesmo tristes, nós entendemos. Samuel Klein partiu, mas nos deixa uma certeza: a de que uma história como a dele, de tudo o que construiu e deixou de legado não termina jamais.
*Elias Awad é escritor, biógrafo e palestrante. Graduado em Administração de Empresas, Jornalismo e Pós-Graduado em Liderança e Gestão de Pessoas e Equipes. Atualmente escreve seu 19º livro biográfico-motivacional.
“Elias, quanto maior o problema, maior a oportunidade...”
Assim foi o início da nossa primeira conversa no ano de 2011 e que marcava os primeiros passos da biografia que eu escreveria do empresário Samuel Klein.
Problema versus oportunidade...“O que será que o senhor Samuel Klein quis dizer com esta frase?” – pensei.
O tempo e as conversas diárias nos aproximaram! Mais e mais passei a conhecer a essência de Samuel Klein e dos diversos papéis que ele “interpretava” nessa grande “peça” chamada vida.
O tempo também traduziu com clareza as palavras de Samuel Klein. Estrear como biógrafo e escritor com o livro do Rei do Varejo, Samuel Klein, parecia a mim, num primeiro momento, um enorme problema.
Mas, na verdade, era uma estrondosa oportunidade. Treze anos depois, cá estou escrevendo a 19ª biografia e o livro do empresário Samuel Klein chegou à sua 5ª edição.
Samuel Klein estava certo naquele pensamento e em inúmeros outros.
Quanto mais conhecia as formas de ser, pensar e agir do empresário, pai, amigo, patrão, cliente, mais me encantava, aprendia e me transformava com aquela história de luta, perseverança, liderança, gestão, foco, reinvenção do negócio, criatividade e muito sucesso.
Quanto mais conhecia o ser humano Samuel Klein, mais tornava maiúsculas as letras que compunham essas duas palavras: SER HUMANO...
Nas despedidas ao senhor Samuel Klein revi e revivi o “filme” das nossas conversas, para que pudesse escrever a biografia dele. Choramos, suspiramos, vibramos, nos arrependemos e comemoramos juntos cada passagem da vida do senhor Samuel Klein.
Os tempos mais duros? Claro, a Segunda Guerra Mundial, onde o judeu-polonês Samuel Klein foi prisioneiro e submetido às barbaridades cometidas pelo exército de Hitler contra os judeus.
Certa vez, perguntei ao empresário: Senhor Samuel, mediante tanto sofrimento e a incerteza da Segunda Guerra, por que o senhor queria ainda viver? E recebi este diamante já lapidado como resposta: Porque eu acreditava que o amanhã seria melhor!
Samuel Klein, passando fome, frio, sofrendo pelas dores físicas do trabalho excessivo e abusivo, e pelas piores das dores, as morais, ainda acreditava que o amanhã iria ser melhor. Então, quem somos nós para duvidar disso? Então, quem somos nós para não lutar e fazer com que isso aconteça?
Os tempos mais áureos? O final da década de 1960, quando Samuel Klein comprou uma financeira e confessou: “Cada dinheiro que entrava, eu multiplicava por 5!”
Os tempos mais sensíveis? Conhecer Ana, que veio a se tornar Ana Klein, e constituir uma família!
Começar a escrever sobre Samuel Klein é uma das ações mais fácies da minha vida. Difícil é terminar esse texto! Certamente, muitas passagens, aprendizados e legados não cabem aqui! Mas Samuel Klein me permitiu colocá-los todos em sua biografia.
Ali está constatação e a prática daquilo que Samuel Klein acreditava, pautado por duas frases mágicas: O Sol nasceu para todos e Viver e deixar viver! Ambas, Samuel Klein seguiu à risca.
Aproveitou o pedaço do Sol a ele destinado para também aquecer e iluminar muita gente. Viveu e deixou viver, tornando milhões de pessoas felizes.
A alguns deles gerou emprego, oportunidades, riqueza, estudos, casa própria, conforto e bem-estar, além de estima. Por meio de sua obra, gerou felicidade no passado, no presente e continuará a fazê-lo no futuro.
Samuel Klein só não conseguiu cumprir uma de suas promessas registradas no livro: a de que viveria até os 120 anos. Morreu hoje, aos 91.
Mesmo tristes, nós entendemos. Samuel Klein partiu, mas nos deixa uma certeza: a de que uma história como a dele, de tudo o que construiu e deixou de legado não termina jamais.
*Elias Awad é escritor, biógrafo e palestrante. Graduado em Administração de Empresas, Jornalismo e Pós-Graduado em Liderança e Gestão de Pessoas e Equipes. Atualmente escreve seu 19º livro biográfico-motivacional.