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Eike só pode vender fatia no Rock in Rio com OK do Mubadala

Empresário teria dado os 50% de participação que tem no festival ao fundo como garantia de empréstimos


	Rock in Rio: festival foi dado como garantia ao fundo Mubadala por Eike
 (Getty Images)

Rock in Rio: festival foi dado como garantia ao fundo Mubadala por Eike (Getty Images)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 28 de abril de 2014 às 07h54.

São Paulo – Roberto Medina já deixou claro que pretende desfazer a sociedade que tem com Eike Batista no Rock in Rio e já contratou o BTG Pactual para tocar a negociação. O empresário não sabia, no entanto, que Eike tinha oferecido sua fatia de 50% no festival ao fundo Mubadala como garantia de empréstimos.

Segundo a coluna Radar Online, da revista Veja, desta segunda-feira, qualquer negociação de compra e venda precisa passar pelo fundo soberano de Abu Dhabi.   Na ultima semana, Medina foi pessoalmente conversar com o sócio para resolver a situação, mas Eike não estaria disposto a rescindir o contrato.

Em maio do ano passado, o empresário anunciou a compra de parte do  Rock in Rio. Por meio de sua empresa de entretenimento IMX, Eike adquiriu a metade das ações da companhia Rock World, proprietária da marca Rock in Rio, controlada por Medina.

Na ocasião, o valor total da operação de compra não foi divulgado e Eike se limitou a dizer em entrevista coletiva que o custo do investimento foi suficiente. O acordo previa o investimento 350 milhões de dólares nos próximos cinco anos no festival.

Há pouco mais de um ano, Eike enfrenta dificuldades financeiras com as empresas X. O empresário já precisou vender parte de algumas operações, renegociar dívidas e contratar novos empréstimos. O fundo árabe figura como um dos maiores credores do empresário.  

O Mubadala tem cerca de 2 bilhões de dólares aportados na EBX. O montante representava, em 2012, 26% da carteira de empréstimos do fundo árabe. Por isso, perder uma garantia como o Rock in Rio pode não ser um bom negócio.

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