Energia solar: meta da EDP Brasil é chegar a 1 GW até 2025 (EDP/Divulgação)
exame.solutions
Publicado em 31 de agosto de 2022 às 09h00.
Última atualização em 31 de agosto de 2022 às 11h53.
A circularidade da natureza, do próprio planeta e das várias fontes de energia renovável, incluindo o sol, o vento e a água, inspiraram a EDP no desenho de sua nova identidade visual. A empresa, fundada em Portugal há quatro décadas, é hoje um player global em geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica. E o Brasil representa a segunda maior operação do grupo.
A nova logomarca reflete o compromisso da empresa de duplicar a capacidade de geração de energia renovável até 2025, resultado do investimento de € 24 bilhões em transição energética, para adicionar 20 GW de fontes renováveis ao portfólio, dos quais cerca de metade já está assegurada.
O objetivo é ambicioso: a empresa pretende ser neutra em carvão até 2025 e 100% verde até 2030, contribuindo para a descarbonização da economia global. A EDP está bem posicionada para cumprir esta missão. Está entre os top 3 utilities mais verdes da Europa e já é o quarto maior produtor de energia eólica dos Estados Unidos.
“Sem mudanças estruturais na maneira como vivemos, nos locomovemos e consumimos, será impossível controlar o aumento da temperatura no planeta”, avalia Miguel Stilwell de Andrade, CEO global da EDP. “E nós escolhemos contribuir por meio de uma transição energética justa, sem deixar ninguém para trás”, destaca.
O potencial do Brasil é enorme, já que o país recebe em torno de 2.200 horas anuais de insolação. E a menor irradiação solar incidente (1.500 Wh/m²) é comparável à maior de países europeus, como a Alemanha (1.250 Wh/m²). O que torna ainda mais compreensível que a geração solar seja um dos pilares estratégicos para o crescimento da EDP no país, por meio das empresas EDP Brasil e da EDP Renováveis.
A EDP Brasil atua nos segmentos de geração, transmissão, comercialização e distribuição de energia. Para o período entre 2021 e 2025, a companhia deve aportar R$ 10 bilhões no país, sendo R$ 3 bilhões apenas em geração solar. A meta é chegar em 1 GW em solar até 2025. Já a EDP Renováveis, que atua no desenvolvimento, construção, operação e manutenção de ativos eólicos e solares, possui capacidade instalada de 1.375 MW, sendo 795 MW em operação e outros 580 MW em construção.
As duas empresas do grupo têm se apoiado na complementaridade de suas expertises para implementar projetos em parceria, como é o caso das usinas solares de grande porte Novo Oriente, com capacidade instalada de 254 MWac, e Monte Verde, com 209 MWac. O plano é manter a média de anunciar duas usinas solares de grande porte por ano até 2025.
De fato, a aposta em projetos deste tipo é estratégica para o grupo. "Na próxima década, nossa indústria terá de mudar mais do que nunca”, afirma Stilwell. “A resposta às alterações climáticas exige objetivos ambiciosos. Na EDP, essa década decisiva já começou”.