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Ecologistas denunciam que marcas de cereais contêm pesticida cancerígeno

Entre os produtos que tinham rastros de glifosato estão os das marcas Cheerios, Quaker Old Fashioned Oats e Quaker Dinosaur Egg Instant Oats

Cereais: organização ambientalista analisou 45 produtos feitos de aveia e determinou que todos, a não ser dois, continham rastros de glifosato (Stock.Xchange/iStockphoto)

Cereais: organização ambientalista analisou 45 produtos feitos de aveia e determinou que todos, a não ser dois, continham rastros de glifosato (Stock.Xchange/iStockphoto)

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EFE

Publicado em 15 de agosto de 2018 às 17h58.

Washington - Dezenas de marcas conhecidas de cereais contêm um tipo de pesticida que é considerado cancerígeno, denunciou o Grupo de Trabalho Ambiental (EGW, por sua sigla em inglês) em um estudo publicado nesta quarta-feira.

Esta organização ambientalista analisou 45 produtos feitos de aveia e determinou que todos, a não ser dois, continham rastros de glifosato, um herbicida que pode causar câncer em animais e "provavelmente" em humanos, de acordo com a Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer.

Desses, 31 tinham níveis acima do que os cientistas da EWG consideram seguros para as crianças, que é de 0,01 miligramas por dia.

Entre os produtos que tinham rastros de glifosato estão os das marcas Cheerios, Quaker Old Fashioned Oats, Quaker Dinosaur Egg Instant Oats e Back to Nature Classic Granola, informou o canal de televisão "CBS News", com base nos resultados do relatório.

Em comunicado, o presidente da EWG, Ken Cook, lamentou os fatos. "Cresci comendo Cheerios e Quaker Oats muito antes de serem contaminados com glifosato. Ninguém quer comer um herbicida para o café da manhã", afirmou.

Em 10 de agosto, um júri da Califórnia condenou a multinacional Monsanto a indenizar com US$ 289 milhões um homem que assegurava que seu câncer terminal foi causado pela exposição a um produto com glifosato.

A Monsanto defendeu o produto e afirmou que o glifosato "é seguro para o uso humano".

Após a decisão, um dos vice-presidentes da Monsanto, Scott Partridge, anunciou que apelarão da decisão judicial e disse que "mais de 800 estudos e revisões - e conclusões da Agência de Proteção Ambiental dos EUA, do Instituto Nacional de Saúde dos EUA e autoridades reguladoras no mundo todo - apoiam o fato de que o glifosato não causa câncer".

O glifosato gerou uma grande controvérsia no mundo todo pelos supostos efeitos prejudiciais tanto para a saúde das pessoas como para as terras borrifadas com produtos que o contêm.

 

 

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