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Dona da Zara investirá US$ 3 bilhões para unir vendas físicas e digitais

Tecnologia comprada pela Inditex permitirá o uso da internet pelos clientes para encontrar roupas nas lojas e até reservar provadores

Zara: a ideia é que o uso das ferramentas de alta tecnologia para complementar a experiência nas lojas permita mais vendas a preços integrais (Susana Vera/File Photo/Reuters)

Zara: a ideia é que o uso das ferramentas de alta tecnologia para complementar a experiência nas lojas permita mais vendas a preços integrais (Susana Vera/File Photo/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 10 de junho de 2020 às 17h35.

Última atualização em 10 de junho de 2020 às 18h41.

A dona da Zara, a Inditex, divulgou nesta quarta-feira um investimento de 2,7 bilhões de euros (US$ 3 bilhões) em tecnologia para facilitar a busca e rastreamento de produtos pelos clientes, unindo as vendas físicas com as digitais.

Por meio do aplicativo da varejista de moda, os consumidores poderão procurar no estoque de uma loja específica por itens para pegar no mesmo dia, reservar um vestiário, encontrar roupas na loja por meio de um mapa e fazer check-out automático usando QR codes.

A ideia é que o uso das ferramentas de alta tecnologia para complementar a experiência nas lojas permita mais vendas a preços integrais.

A tecnologia será lançada nas lojas da Inditex nos próximos três anos, disse um porta-voz da empresa à Reuters.

Um bilhão de euros do investimento está destinado a uma plataforma de tecnologia proprietária, informou a companhia.

A Inditex já utiliza a tecnologia de radiofrequência, conectada como um chip ao alarme de roupas, para acompanhar o estoque.

Essa tecnologia de rastreamento, presente em marcas como Zara e Massimo Dutti, será usada em todas as marcas do grupo até o final de 2020.

Embora a Inditex tenha relatado uma queda nas vendas do primeiro trimestre nesta quarta-feira, quando lojas físicas foram forçadas a fechar, resultando no primeiro prejuízo da empresa, ela conseguiu manter o estoque 10% menor graças aos curtos prazos de entrega e capacidade rápida de reação às mudanças na demanda.

A companhia registrou um prejuízo líquido de 409 milhões de euros (US$ 463 milhões) no primeiro trimestre do ano fiscal devido ao impacto da pandemia do novo coronavírus.

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