Mobilidade: novos eVTOL estão em desenvolvimento junto com serviços de reserva por demanda (Embraer/Divulgação)
Gabriel Aguiar
Publicado em 22 de julho de 2021 às 16h00.
Última atualização em 23 de agosto de 2021 às 15h37.
O que a “Uber dos jatinhos executivos” e a divisão de drones para transporte de passageiros da Embraer têm em comum? Para começar, ambas assinaram acordo para desenvolvimento do projeto de eVTOL — sigla em inglês para Veículo Elétrico de Decolagem e Pouso Vertical. Mas o plano também irá além disso: servirá para desenvolver o mercado de Mobilidade Aérea Urbana (UAM) na América Latina.
“O alcance regional da Flapper, combinado com sua disruptiva tecnologia sob demanda, faz da empresa um parceiro ideal para a expansão de nossas operações na América Latina. Isso, somado à operação do nosso veículo aéreo de emissão zero, permite a democratização para novos parceiros e mercados-chave, como é o caso de Brasil, México, Colômbia e Chile”, diz Andre Stein, presidente e CEO da Eve.
Pelas previsões do acordo, o fabricante de eVTOL deverá fornecer à Flapper até 25.000 horas de voo nos principais mercados da região — como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG) no Brasil; Santiago, no Chile; Bogotá, na Colômbia; e Cidade do México, no México. E todos os trajetos serão feitos com helicópteros, só que o contrato já prevê a possibilidade de que 25 eVTOL sejam incluídos.
Toda essa operação terá a finalidade de coletar dados para o futuro desenvolvimento de novos veículos destinados à Mobilidade Aérea Urbana. Neste momento, o intuito é analisar e promover um sistema de reservas sob demanda, nos moldes do que já é realidade pela Flapper desde que foi inaugurada no país, em 2016, quando passou a oferecer o fretamento de aeronaves com assentos compartilhados.
“Seis das dez maiores frotas de helicópteros urbanos estão na América Latina e, atualmente, essa região possui a infraestrutura mais densa do mundo para este tipo de aeronave. E, graças a essa parceria, nós esperamos expandir a rede de pagamento por assento (pay-per-seat) que já temos atualmente e iniciar a transição para tipos de serviço mais ágeis e eficientes”, afirma Paul Malicki, CEO da Flapper.