Dirigente da Fifa renuncia por discordar do rumo de reformas
O presidente da comissão de auditoria e conformidade da Fifa, Domenico Scala, renunciou ao cargo neste sábado
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2016 às 17h09.
São Paulo - O presidente da comissão de auditoria e conformidade da Fifa , Domenico Scala, renunciou ao cargo neste sábado, para protestar contra a aprovação de uma medida, que, segundo ele, coloca em risco a independência de órgãos responsáveis por fiscalizar membros da entidade.
O dirigente decidiu deixar a função no dia seguinte ao 66º congresso da Fifa, no México, no qual o novo presidente Gianni Infantino conseguiu a aprovação de uma emenda que dá ao braço executivo o poder de demitir membros da comissão de ética e outros órgãos que investigam irregularidades.
"Estou consternado com essa medida, que coloca em xeque um pilar fundamental da boa governança e destrói um dos principais avanços das reformas. Por isso anuncio minha renúncia imediata", justificou.
"O congresso de sexta-feira deu ao Conselho (nova versão do comitê executivo) o poder exclusivo de nomear ou demitir membros de órgãos de fiscalização independentes, como a comissão de ética, e comissão de apelação, a comissão de auditoria e conformidade", explicou.
"Com esta decisão, o Conselho pode travar investigações contra membros da Fifa a qualquer momento, ao demitir membros de comissões ou ameaçando demiti-los", completou.
A comissão de ética da Fifa, que é formada por juízes profissionais, desempenhou um papel essencial na crise institucional que abala a entidade, ao suspender o ex-presidente Joseph Blatter e o principal candidato à sua sucessão, Michel Platini.
Vários outros candidatos foram banidos, como o americano Chuck Blazer, ex-membro do comitê executivo e pivô do mega escândalo de corrupção, por ser um dos primeiros a aceitar colaborar com as autoridades do seu país, que investigam o pagamento de milhões de dólares em propinas na atribuição de direitos de transmissão.
Em meio à crise, que estourou há quase um ano, a Fifa adotou em fevereiro uma série de reformas para melhorar a transparência e a governança, mas dirigentes importantes Scala já temem pela independência de órgãos fundamentais na luta contra a corrupção.
São Paulo - O presidente da comissão de auditoria e conformidade da Fifa , Domenico Scala, renunciou ao cargo neste sábado, para protestar contra a aprovação de uma medida, que, segundo ele, coloca em risco a independência de órgãos responsáveis por fiscalizar membros da entidade.
O dirigente decidiu deixar a função no dia seguinte ao 66º congresso da Fifa, no México, no qual o novo presidente Gianni Infantino conseguiu a aprovação de uma emenda que dá ao braço executivo o poder de demitir membros da comissão de ética e outros órgãos que investigam irregularidades.
"Estou consternado com essa medida, que coloca em xeque um pilar fundamental da boa governança e destrói um dos principais avanços das reformas. Por isso anuncio minha renúncia imediata", justificou.
"O congresso de sexta-feira deu ao Conselho (nova versão do comitê executivo) o poder exclusivo de nomear ou demitir membros de órgãos de fiscalização independentes, como a comissão de ética, e comissão de apelação, a comissão de auditoria e conformidade", explicou.
"Com esta decisão, o Conselho pode travar investigações contra membros da Fifa a qualquer momento, ao demitir membros de comissões ou ameaçando demiti-los", completou.
A comissão de ética da Fifa, que é formada por juízes profissionais, desempenhou um papel essencial na crise institucional que abala a entidade, ao suspender o ex-presidente Joseph Blatter e o principal candidato à sua sucessão, Michel Platini.
Vários outros candidatos foram banidos, como o americano Chuck Blazer, ex-membro do comitê executivo e pivô do mega escândalo de corrupção, por ser um dos primeiros a aceitar colaborar com as autoridades do seu país, que investigam o pagamento de milhões de dólares em propinas na atribuição de direitos de transmissão.
Em meio à crise, que estourou há quase um ano, a Fifa adotou em fevereiro uma série de reformas para melhorar a transparência e a governança, mas dirigentes importantes Scala já temem pela independência de órgãos fundamentais na luta contra a corrupção.