DirecTV avalia fazer oferta por GVT, diz fonte
Empresa considera uma oferta pela operadora controlada pelo grupo francês Vivendi
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2012 às 08h08.
Nova York/Paris - A norte-americana DirecTV está considerando fazer uma oferta pela operadora de telecomunicações brasileira <a href="https://exame.com/noticias-sobre/gvt" target="_blank"><strong>GVT</strong></a>, controlada pelo grupo francês Vivendi, afirmou uma fonte próxima do assunto nesta quarta-feira.</p>
A DirecTV é a segunda maior operadora de TV paga do Brasil, com quase 30 por cento do mercado por meio da marca Sky. Em janeiro, a Sky anunciou ter interesse na compra da operadora de TV por assinatura e banda larga Acom Comunicações, controlada indiretamente pela português Grupo SGC Telecom.
O processo de venda da GVT está em estágio inicial e a Vivendi não quer apressar o desinvestimento do que considera um ativo importante, com forte potencial de crescimento e que pode alcançar 8,5 bilhões de euros.
A Reuters noticiou em julho que a Vivendi estava revisando seu portfólio de ativos e estratégia na tentativa de reduzir dívida e melhorar o preço de suas ações e que por isso estava considerando vender a GVT, depois de ter buscado interessados para sua unidade de videogames Activision Blizzard.
Uma fonte próxima do processo informou à Reuters que a DirecTV está entre os potenciais interessados na GVT. Além disso, Telefónica e Telecom Italia também estão entre os potenciais ofertantes, mas atravessam programas de redução de dívida que podem colocar o preço da GVT difícil de alcançar, segundo fontes familiares com o assunto.
Sergio Rodriguez, analista de crédito da Fitch Ratings, afirmou que a GVT não é um negócio "necessário" para a América Móvil, que opera no Brasil sob a marca Claro, mas o grupo poderia bancar a compra da operadora se decidir fazer isso.
"Carlos Slim (controlador da América Móvil) tem uma estratégia de comprar empresas a preços razoáveis, então vai depender de quanto a Vivendi vai pedir", disse Rodriguez.
A Vivendi comprou a GVT em 2009 por 2,9 bilhões de euros depois de uma guerra de oferta com a Telefónica, que considerou na época o negócio como importante para seu crescimento no Brasil. Apesar da GVT ser um motor importante de crescimento para o grupo francês, também consome nível considerável de recursos.