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Diferencial pago pela soja no porto é o menor em 60 meses

Causa seria uma demanda cada vez menor pelo produto, aponta o Cepea

"Não é de hoje que o Brasil tem dificuldade em escoar soja no período de safra e, diante de uma safra excepcional como a da atual, os problemas se agravam", analisou o Cepea (REUTERS/Paulo Whitaker)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2013 às 16h41.

São Paulo - Os diferenciais pagos pelos compradores internacionais pela soja brasileira atingiram o nível mais baixo em 60 meses, em meio a uma demanda cada vez menor pelo produto, apontou nesta sexta-feira o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta sexta-feira.

O embarque da soja em grão em maio 2013 por Paranaguá (PR) foi cotado a 75 centavos de dólar negativos por bushel para o comprador e a 65 centavos negativos para o vendedor, sendo o menor valor desde o dia 20 de maio de 2008, segundo o Cepea.

"Os prêmios no Brasil estão em queda, como forma de atrair compradores externos", disse o centro, em relatório semanal.

Uma semana antes, os diferenciais eram cotados a 40 centavos negativos para o comprador e a 36 centavos negativos para o vendedor. Já em 25 de abril do ano passado, os prêmios da soja para o embarque em maio estavam a 66 centavos positivos para o comprador e a 70 centavos de dólar por bushel para o vendedor.

"Não é de hoje que o Brasil tem dificuldade em escoar soja no período de safra e, diante de uma safra excepcional como a da atual, os problemas se agravam", analisou o Cepea.

O centro destacou a espera de até dois meses enfrentada por alguns navios para embarcar soja no corredor de exportação do porto de Paranaguá, que é a base da formação de preços no país.

Muitas empresas brasileiras têm optado por pagar frete mais elevado e escoar o grão por outros portos, principalmente pelo de Rio Grande, que tem exportado volume recorde. O percurso, nestes casos, pode aumentar em 1.600 quilômetros.

Neste cenário, segundo o Cepea, os compradores internacionais sinalizam a possibilidade de fechar negócio com outros países, como a Argentina, onde a safra está em pleno andamento.

Dados do Cepea apontam que, na Argentina, na quinta-feira, os prêmios para o embarque em maio 2013 estiveram a 15 centavos de dólar por bushel para o comprador e a 20 centavos para o vendedor.


Com isso, os valores da soja no mercado físico brasileiro têm registrado queda, mesmo com produtores tendo preferência por vender a soja no segundo semestre do ano. Compradores têm adquirido apenas o necessário, apostando também em boa safra nos Estados Unidos no segundo semestre.

O indicador ESALQ/BM&FBovespa, referência para o produto transferido para armazéns no porto de Paranaguá, teve queda de 1,3 % entre 18 e 25 de abril, atingindo 59,25 reais por saca de 60 kg na quinta-feira.

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São Paulo - Os diferenciais pagos pelos compradores internacionais pela soja brasileira atingiram o nível mais baixo em 60 meses, em meio a uma demanda cada vez menor pelo produto, apontou nesta sexta-feira o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta sexta-feira.

O embarque da soja em grão em maio 2013 por Paranaguá (PR) foi cotado a 75 centavos de dólar negativos por bushel para o comprador e a 65 centavos negativos para o vendedor, sendo o menor valor desde o dia 20 de maio de 2008, segundo o Cepea.

"Os prêmios no Brasil estão em queda, como forma de atrair compradores externos", disse o centro, em relatório semanal.

Uma semana antes, os diferenciais eram cotados a 40 centavos negativos para o comprador e a 36 centavos negativos para o vendedor. Já em 25 de abril do ano passado, os prêmios da soja para o embarque em maio estavam a 66 centavos positivos para o comprador e a 70 centavos de dólar por bushel para o vendedor.

"Não é de hoje que o Brasil tem dificuldade em escoar soja no período de safra e, diante de uma safra excepcional como a da atual, os problemas se agravam", analisou o Cepea.

O centro destacou a espera de até dois meses enfrentada por alguns navios para embarcar soja no corredor de exportação do porto de Paranaguá, que é a base da formação de preços no país.

Muitas empresas brasileiras têm optado por pagar frete mais elevado e escoar o grão por outros portos, principalmente pelo de Rio Grande, que tem exportado volume recorde. O percurso, nestes casos, pode aumentar em 1.600 quilômetros.

Neste cenário, segundo o Cepea, os compradores internacionais sinalizam a possibilidade de fechar negócio com outros países, como a Argentina, onde a safra está em pleno andamento.

Dados do Cepea apontam que, na Argentina, na quinta-feira, os prêmios para o embarque em maio 2013 estiveram a 15 centavos de dólar por bushel para o comprador e a 20 centavos para o vendedor.


Com isso, os valores da soja no mercado físico brasileiro têm registrado queda, mesmo com produtores tendo preferência por vender a soja no segundo semestre do ano. Compradores têm adquirido apenas o necessário, apostando também em boa safra nos Estados Unidos no segundo semestre.

O indicador ESALQ/BM&FBovespa, referência para o produto transferido para armazéns no porto de Paranaguá, teve queda de 1,3 % entre 18 e 25 de abril, atingindo 59,25 reais por saca de 60 kg na quinta-feira.

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