Deutsche busca alternativa para elevar capital, dizem fontes
Assessores das principais instituições de Wall Street vêm falando com representantes do banco alemão sobre possibilidades que incluem vendas de ações e ativos
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2016 às 17h43.
Londres - O Deutsche Bank vem tendo conversas informais com instituições financeiras para explorar suas alternativas, incluindo levantar capital se for preciso devido a penalidades jurídicas, segundo pessoas a par das discussões.
Assessores de nível sênior das principais instituições de Wall Street vêm falando com representantes do banco alemão sobre possibilidades que incluem vendas de ações e ativos, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque os planos têm caráter privado.
O Deutsche Bank também poderia reavaliar a venda da divisão Deutsche Postbank ou de parte ou toda a sua divisão de gestão de recursos, segundo essas fontes. Uma porta-voz do banco sediado em Frankfurt preferiu não comentar.
O presidente do Deutsche Bank, John Cryan, tem sido pressionado para conter a queda das ações que eliminou praticamente metade do valor de mercado do banco neste ano, devido a preocupações com o aumento dos custos jurídicos.
Na semana passada, Cryan, de 55 anos, repetiu aos investidores que não planeja levantar capital.
A declaração veio após o Departamento de Justiça dos EUA pedir US$ 14 bilhões para encerrar uma investigação sobre o uso indevido de instrumentos financeiros. Antes, Cryan havia descartado a venda do negócio de gestão de recursos.
“Embora um aumento de capital seja um passo doloroso, uma potencial venda da unidade de gestão de recursos fortaleceria os índices de capital e é este o problema do Deutsche Bank no momento”, disse Andreas Plaesier, analista da Warburg Research, que recomenda aos investidores a manutenção da ação do banco em carteira.
As últimas novidades mostram que a instituição “tem alguns planos guardados na manga”, ele disse.
As ações do Deutsche Bank subiam 2,2 por cento para 12,30 euros às 10:40 em Frankfurt, trazendo o ganho acumulado na semana para cerca de 6,3 por cento. Os papéis caíram 45 por cento neste ano.
Segundo os entrevistados, as instituições consultadas estão oferecendo ajuda para subscrever uma venda de ações para o banco alemão captar cerca de 5 bilhões de euros (US$ 5,6 bilhões) se for necessário.
Trata-se da quantia máxima, aproximadamente, em ações descontadas que o Deutsche Bank pode vender sem aprovação dos acionistas, de acordo com as fontes.
O banco também pode solicitar aprovação dos acionistas para um valor maior.
O Deutsche Bank está estudando se vende ações quando chegar a um acordo com o Departamento de Justiça americano na investigação envolvendo instrumentos lastreados em hipotecas residenciais, disseram as pessoas.
Ainda não foi tomada uma decisão final e o banco pode decidir não fazer um aumento de capital, acrescentaram.
De acordo com as fontes, a decisão dependerá muito do tamanho da multa, que a Bloomberg Intelligence estima entre US$ 4 bilhões e US$ 8 bilhões, com base em acordos passados para encerramento de investigações similares em outros bancos.
Os últimos acordos envolveram Morgan Stanley, que concordou em pagar US$ 2,6 bilhões, e Goldman Sachs que aceitou pagar US$ 5,1 bilhões.
Venda parcial
Os assessores também estão propondo uma venda parcial do negócio de gestão de recursos do Deutsche Bank, disseram duas das pessoas.
Uma oferta potencial dificilmente acontecerá antes do primeiro semestre do ano que vem, de acordo com reportagem publicada pelo Financial Times nesta sexta-feira, citando pessoas a par da situação.
Na semana passada, Cryan enviou um memorando aos funcionários em que descartou a venda da divisão de gestão de recursos, retratada por ele como “parte essencial” da instituição.
O valor do negócio é estimado em 9,5 bilhões de euros, de acordo com a Autonomous Research.
Uma venda da unidade é considerada a segunda menos provável entre seis opções para restaurar a confiança do mercado, informou a Autonomous, citando uma pesquisa com investidores feita pela Procensus. Uma emissão de direitos é considerada a opção mais provável.
Londres - O Deutsche Bank vem tendo conversas informais com instituições financeiras para explorar suas alternativas, incluindo levantar capital se for preciso devido a penalidades jurídicas, segundo pessoas a par das discussões.
Assessores de nível sênior das principais instituições de Wall Street vêm falando com representantes do banco alemão sobre possibilidades que incluem vendas de ações e ativos, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque os planos têm caráter privado.
O Deutsche Bank também poderia reavaliar a venda da divisão Deutsche Postbank ou de parte ou toda a sua divisão de gestão de recursos, segundo essas fontes. Uma porta-voz do banco sediado em Frankfurt preferiu não comentar.
O presidente do Deutsche Bank, John Cryan, tem sido pressionado para conter a queda das ações que eliminou praticamente metade do valor de mercado do banco neste ano, devido a preocupações com o aumento dos custos jurídicos.
Na semana passada, Cryan, de 55 anos, repetiu aos investidores que não planeja levantar capital.
A declaração veio após o Departamento de Justiça dos EUA pedir US$ 14 bilhões para encerrar uma investigação sobre o uso indevido de instrumentos financeiros. Antes, Cryan havia descartado a venda do negócio de gestão de recursos.
“Embora um aumento de capital seja um passo doloroso, uma potencial venda da unidade de gestão de recursos fortaleceria os índices de capital e é este o problema do Deutsche Bank no momento”, disse Andreas Plaesier, analista da Warburg Research, que recomenda aos investidores a manutenção da ação do banco em carteira.
As últimas novidades mostram que a instituição “tem alguns planos guardados na manga”, ele disse.
As ações do Deutsche Bank subiam 2,2 por cento para 12,30 euros às 10:40 em Frankfurt, trazendo o ganho acumulado na semana para cerca de 6,3 por cento. Os papéis caíram 45 por cento neste ano.
Segundo os entrevistados, as instituições consultadas estão oferecendo ajuda para subscrever uma venda de ações para o banco alemão captar cerca de 5 bilhões de euros (US$ 5,6 bilhões) se for necessário.
Trata-se da quantia máxima, aproximadamente, em ações descontadas que o Deutsche Bank pode vender sem aprovação dos acionistas, de acordo com as fontes.
O banco também pode solicitar aprovação dos acionistas para um valor maior.
O Deutsche Bank está estudando se vende ações quando chegar a um acordo com o Departamento de Justiça americano na investigação envolvendo instrumentos lastreados em hipotecas residenciais, disseram as pessoas.
Ainda não foi tomada uma decisão final e o banco pode decidir não fazer um aumento de capital, acrescentaram.
De acordo com as fontes, a decisão dependerá muito do tamanho da multa, que a Bloomberg Intelligence estima entre US$ 4 bilhões e US$ 8 bilhões, com base em acordos passados para encerramento de investigações similares em outros bancos.
Os últimos acordos envolveram Morgan Stanley, que concordou em pagar US$ 2,6 bilhões, e Goldman Sachs que aceitou pagar US$ 5,1 bilhões.
Venda parcial
Os assessores também estão propondo uma venda parcial do negócio de gestão de recursos do Deutsche Bank, disseram duas das pessoas.
Uma oferta potencial dificilmente acontecerá antes do primeiro semestre do ano que vem, de acordo com reportagem publicada pelo Financial Times nesta sexta-feira, citando pessoas a par da situação.
Na semana passada, Cryan enviou um memorando aos funcionários em que descartou a venda da divisão de gestão de recursos, retratada por ele como “parte essencial” da instituição.
O valor do negócio é estimado em 9,5 bilhões de euros, de acordo com a Autonomous Research.
Uma venda da unidade é considerada a segunda menos provável entre seis opções para restaurar a confiança do mercado, informou a Autonomous, citando uma pesquisa com investidores feita pela Procensus. Uma emissão de direitos é considerada a opção mais provável.