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De olho no PIB, Allianz adquire operação de automóveis da SulAmérica

A compra por 3 bilhões de reais é o maior investimento do grupo alemão no Brasil e criará a segunda maior seguradora de veículos do país

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Eduard Folch Rue, presidente da Allianz no Brasil: "é um mercado promissor, que tem potencial de crescimento atrelado à retomada do produto interno bruto e da classe média" (Davilym Dourado/Divulgação)

Eduard Folch Rue, presidente da Allianz no Brasil: "é um mercado promissor, que tem potencial de crescimento atrelado à retomada do produto interno bruto e da classe média" (Davilym Dourado/Divulgação)

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Natália Flach

Publicado em 23 de agosto de 2019 às, 12h59.

Última atualização em 26 de agosto de 2019 às, 17h28.

São Paulo - A compra da operação de automóveis e ramos elementares da seguradora SulAmérica, anunciada nesta sexta-feira (23), levará o grupo alemão Allianz a ter uma receita total de prêmios combinados de 6,8 bilhões de reais, dos quais 5,3 bilhões de reais serão provenientes da venda de seguros de carros.

O interesse pelo segmento de veículos mostra que a empresa alemã está otimista com o futuro do Brasil, apesar da estagnação econômica em curso. "É um mercado promissor, que tem potencial de crescimento atrelado à retomada do produto interno bruto e da classe média", afirma Eduard Folch Rue, presidente da Allianz no Brasil. No ano passado, o volume de prêmios do segmento no Brasil foi de quase 70 bilhões de reais, alta de 6% em relação a 2017.

O valor da compra, 3 bilhões de reais, é o maior investimento do grupo alemão no país. A transação, no entanto, só ocorrerá depois da aprovação de órgãos reguladores, o que pode levar cerca de 12 meses. Se aprovada, resultará na segunda maior seguradora de automóveis no Brasil. "A expectativa é obter retorno acima de dois dígitos, a partir da sinergia com os canais de distribuição da SulAmérica", diz. "Vamos investir em inovação e na digitalização da experiência do usuário e do corretor."

Para a SulAmérica, a transação representa abrir mão cerca de 15% de market share em seguro de automóvel e 9% em ramos elementares, concentrando seus esforços nos segmentos de saúde, odontologia, vida e previdência, além da operação de gestão de ativos realizada por meio da SulAmérica Investimentos. Todas estas operações combinadas representam atualmente cerca de 85% do faturamento consolidado do Grupo SulAmérica no primeiro semestre de 2019. No ano passado, o total de receita em prêmios das unidades compradas totalizou aproximadamente 3,63 bilhões de reais.

"O segmento automóveis apresentou queda na receita operacional no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado, perdendo participação de mercado para outros players mais focados no segmento, em função de um ambiente mais competitivo em preços", escreve a equipe da Guide Investimentos, liderada por Luis Gustavo Pereira, em relatório. As receitas totais da SulAmérica somaram 10,7 bilhões no primeiro semestre, alta de 8,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O segmento de automóveis, por sua vez, caiu 5,7% para 1,5 bilhão de reais.

Segundo a Guide, a operação é positiva para a SulAmérica, até porque o preço pago pela Allianz na operação foi o mesmo múltiplo negociado pelas ações (SULA11) negociadas nesta sexta-feira, "o que em nossa visão representa um prêmio pago, pois o segmento auto é menos rentável do que os segmentos de saúde, vida e previdência". No início da tarde, as ações da SulAmérica eram negociadas em alta de 6,75%, a 49,19 reais. No exterior, os papéis da Allianz caem 1,65%.

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