A Wheeling-Pittsburgh (WP) e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) decidiram acelerar as conversas sobre uma possível aliança estratégica nas operações da América do Norte. As negociações ganharam novo fôlego após a WP recusar, nesta terça-feira (18/7), uma proposta de fusão com a também americana Esmark. "Já recebemos outras ofertas da Esmark antes, e esta não nos parece diferente das demais", afirmou James Bradley, presidente executivo e do conselho de administração da WP, em uma nota ao mercado.

Nesta quinta-feira (20/7), a CSN também divulgou um informe para os investidores brasileiros, no qual afirma que as negociações "estão em estágio avançado". O início das conversas entre as duas siderúrgicas ocorreu, oficialmente, em 5 de maio deste ano. O modelo da parceria ainda não está fechado. Segundo a CSN, o acordo poderia envolver uma participação minoritária da empresa brasileira na WP, além de um acordo de longo prazo para fornecimento de placas de aço.

"Continuamos entusiasmados com as possibilidades que cercam a aliança estratégica com a CSN", afirmou Bradley. O executivo cita que a parceria poderia franquear acesso a grandes reservas de minério de ferro - a CSN possui jazidas próprias de matéria-prima, com capacidade anual para processar 21,5 milhões de toneladas de minério de ferro. Outro ponto destacado pelo americano é a eventual utilização da usina de galvanização de aço da CSN em Indiana, com capacidade para 1,1 milhão de toneladas por ano.

A WP tem capacidade para produzir 2,8 milhões de toneladas de placas e 3,4 milhões de toneladas de laminados a quente por ano. Cerca de 65% de suas vendas é composto por produtos de alto valor agregado. Já a CSN possui capacidade produtiva de 5,6 milhões de toneladas de aço bruto por ano, 5,1 milhões de toneladas de bobinas e 2,9 milhões de toneladas de aços revestidos.