Funcionário trabalha em indústria siderúrgica (Jason Alden/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de outubro de 2017 às 11h55.
São Paulo - A Companhia Siderúrgica Nacional decidiu apresentar os balanços não auditados referentes ao primeiro, segundo e terceiro trimestres de 2017, além do balanço auditado de 2016.
A companhia diz que reapresentou também voluntariamente as demonstrações financeiras referentes ao exercício social de 2015.
Em fato relevante, a empresa explica que "a conclusão dos trabalhos impactou os saldos de abertura das demonstrações financeiras de 2017, razão pela qual a Companhia não divulgou suas informações trimestrais de 2017 nos prazos regulamentares", e tomou a decisão, por diligência e transparência, de divulgar os resultados preliminares não auditados.
O primeiro trimestre de 2017 aponta lucro líquido de R$ 117,615 milhões, ante prejuízode R$ 776,697 milhões no mesmo período de 2016. A receita líquida alcançou R$ 4,411 bilhões, 10,35% acima do primeiro trimestre de 2016. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no critério ajustado foi de R$ 1,333 bilhão, 82% maior que o de igual período do ano anterior, com margem de 28,7%, 11,4 pontos porcentuais superior.
O resultado financeiro foi negativo em R$ 497 milhões, cerca de 44% inferior ao montante de R$ 884,599 milhões também negativo de janeiro a março de 2016.
No segundo trimestre deste ano, a CSN registrou prejuízo de R$ 639,956 milhões, versus lucro líquido de R$ 46,123 milhõesno mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado ficou em R$ 896 milhões, 5% maior, com margem ajustada de 19,6%, ante 19,4% no segundo trimestre de 2016.
A receita líquida foi a R$ 4,311 bilhões, 4% acima do mesmo intervalo do ano anterior.
O resultado financeiro líquido negativo cresceu 336%, para R$ 828,6 milhões, ante cifra negativa de R$ 189,840 milhões no segundo trimestre de 2016.
O terceiro trimestre apresenta lucro, de R$ 256,184 milhões, revertendo prejuízo de R$ 66,751 milhões no mesmo período de 2016.O Ebitda ajustado somou R$ 1,213 bilhão, queda de 2% sobre o segundo trimestre de 2016, com margem Ebitda ajustada de 24%, ante 26,2% do mesmo intervalo do ano anterior.
A receita líquida chegou a R$ 4,810 bilhões, o que a administração julga ser o"melhor resultado trimestral desde 2014." Ante o terceiro trimestre de 2016 foi um crescimento de 8%.
Já o resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 277,797 milhões, 62,7% menor que o de R$ 744,345 milhões do mesmo período do ano anterior.
A dívida líquida da CSN no fim de setembro era de R$ 25,717 bilhões, estável em relação ao mesmo intervalo do ano anterior, conforme o balanço não auditado divulgado. A siderúrgica publicou os balanços assinados pela Delloite referentes ao ano passado e divulgou os de 2017 ainda não auditados. A dívida em comparação com o segundo trimestre do ano caiu 4%.
A alavancagem a CSN, medida pela razão entre dívida líquida e Ebitda, foi a 5,5 vezes no intervalo de julho a setembro deste ano, ante 7,4 vezes no terceiro trimestre do ano passado e de 5,7 vezes no trimestre imediatamente anterior.
O caixa da CSN era de R$ 5,6 bilhões no fim de setembro, recuo de 23% na relação anual equeda de 4% no comparativo trimestral.
Os investimentos da CSN no terceiro trimestre chegaram em R$ 293 milhões, recuo de 23% em relação ao mesmo período de 2016. Ante o segundo trimestre do ano, a queda é de 18%.
As vendas de aço da CSN no terceiro trimestre do ano somaram 1,301 milhão de toneladas, aumento de 11% em relação ao observado no mesmo período do ano anterior e também de 11% ante o segundo trimestre deste ano, conforme balanço do período não auditado.
O mercado interno respondeu por 62% das vendas, as subsidiárias no exterior por 33% e exportações corresponderam à fatia de 5%.
"No terceiro trimestre a CSN manteve o alto nível de participação de produtos revestidos no volume de vendas totais, seguindo a estratégia de incremento de valor agregado do seu mix de produtos", segundo o documento divulgado.
A receita líquida média por tonelada no intervalo entre julho e setembro totalizou R$ 2,519 mil, estável em relação ao trimestre anterior.
A produção de placas pela CSN somou 1,069 milhão de toneladas no terceiro trimestre do ano, aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano passado, porém queda de 4% ante o segundo trimestre deste ano. A produção de laminados planos somou 903 mil toneladas, aumento de 8% ante o visto um ano antes e recuo de 4% na relação trimestral. A produção de laminados longos, por sua vez, foi de 90 mil toneladas, retração de 44% ante o mesmo intervalo de 2016 e queda de 10% ante o segundo trimestre.