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Cruzeiros se adaptam para primeiras viagens na era pós-covid

Medições de temperatura, uso de máscaras, exclusão de bufês self-service e a navegação mais próxima do porto de origem estão entre as mudanças do setor

Com a pandemia de covid-19, as viagens serão muito diferentes do que passageiros de cruzeiros estão acostumados (Henrique Casinhas/Getty Images)

Janaína Ribeiro

Publicado em 26 de maio de 2020 às 04h40.

Enquanto hotéis no mundo todo se esforçam para manter as luzes acesas, o setor de cruzeiros já planeja as primeiras viagens dentro das próximas semanas. No entanto, em meio à pandemia de covid-19, as viagens serão muito diferentes do que passageiros de cruzeiros estão acostumados. Entre outras mudanças, medições de temperatura e máscaras antes do embarque serão incluídas e bufês self-service serão eliminados.
Talvez a mudança mais significativa seja que os primeiros itinerários não levarão os passageiros a um país diferente a cada dia. A navegação pós-pandemia permanecerá mais perto de casa, ou pelo menos do porto de origem.

Mas, antes de tudo, diante da propagação do covid-19 entre passageiros e tripulação de alguns navios logo no início da pandemia, qualquer cruzeiro terá a difícil tarefa de convencer clientes de que sua saúde e segurança estarão suficientemente protegidas.
Cruzeiros mais limpos, seguros e menores

Atualmente, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) têm uma ordem de não navegação em águas dos EUA para navios que transportam mais de 250 passageiros e tripulantes, em vigor até pelo menos até 24 de julho. Isso significa que empresas menores de navios-boutique poderão sair à frente de grandes empresas.

“O fato de navegarmos apenas em rios domésticos definitivamente proporcionou uma oportunidade maior de retomar nossas operações de maneira responsável, segura e oportuna”, diz John Wagoner, fundador e diretor-presidente da American Queen Steamboat Co., cujo “American Duchess” transporta apenas 166 passageiros e 70 tripulantes pelo Mississippi.

A American Cruise Line busca reiniciar as operações em junho no baixo Mississippi e ao longo dos rios Columbia e Snake - inicialmente operando dois barcos com capacidade de 75% e novos protocolos de saúde, de acordo com uma porta-voz. Esses protocolos incluem sessões de limpeza a cada hora e a disponibilidade de equipamentos de proteção individual completos, incluindo viseiras e luvas, para todos passageiros e tripulantes. A empresa planeja higienizar toda a bagagem antes de embarcar, eliminar os bufês e fornecer capas descartáveis para itens muito tocados, como controles remotos de TV.

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