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Credores da OGX aprovam plano de recuperação, diz advogado

Aprovação do plano é um passo importante para a empresa continuar operando e seguir com seus projetos

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	Funcionário da OGX, hoje Óleo e Gás, em plataforma de exploração de petróleo
 (Divulgação)

Funcionário da OGX, hoje Óleo e Gás, em plataforma de exploração de petróleo (Divulgação)

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Jeb Blount, Roberto Samora

Publicado em 3 de junho de 2014, 19h19.

Rio de Janeiro - A maioria dos credores da Óleo e Gás (ex-OGX) aprovou em assembleia nesta terça-feira os novos termos do plano derecuperação judicial da companhia, informou um escritório de advocacia da petroleira.

A aprovação do plano, por credores que representam cerca de 90 por cento da dívida da empresa, é um passo importante para a empresa fundada pelo empresário Eike Batista continuar operando e seguir com seus projetos.

"O desafio agora é para a companhia operar", disse Sergio Bermudes, do escritório de advocacia de mesmo nome, um dos que representam a empresa, após a assembleia.

Pelo plano de recuperação judicial, credores deverão assumir o controle da companhia, e o empresário Eike Batista terá sua participação reduzida para 5 por cento. Espera-se que a Justiça dê aprovação final ao plano nos próximos dias ou semanas. Os credores que representam uma menor parte das dívidas da companhia devem questionar o plano, pois alegam que não tiveram oportunidade igual para investir na nova companhia.

Mas o advogado Márcio Costa, do escritório Sergio Bermudes, avaliou que não há empecilhos para que a Justiça faça a homologação do plano em breve.

"As objeções que foram feitas hoje na assembleia já foram objeto de análises pela Justiça, já foram rechaçadas pela Justiça." Segundo Costa, a companhia terá uma estrutura de capital "absolutamente compatível" após o plano, na medida em que todos os créditos serão convertidos em ações.

A companhia de petróleo entrou com o maior processo de recuperação judicial da história na América Latina no Rio de Janeiro em 30 de outubro último, depois que seus primeiros poços de petróleo produziram menos do que o esperado e os investidores perderam confiança na capacidade de a empresa manter os pagamentos de sua dívida e financiar novos empreendimentos em campos de petróleo.

"O resultado foi dos mais expressivos entre as recuperações já ocorridas. A aprovação demonstrou a confiança do mercado, dos bondholders e dos fornecedores", disse Costa, ressaltando a importância do controlador no processo.

Eike perdeu grande parte de sua fortuna de 30 bilhões de dólares no ano passado, depois que as ações das companhias de petróleo, construção naval, mineração e logística do Grupo EBX desabaram.

"O nosso objetivo era de um processo rápido e tivemos um suporte dos credores para isso... Se não fosse o apoio do controlador (Eike Batista), a solução não teria sido implementada", afirmou.

A ex-OGX deve cerca de 5 bilhões de dólares a investidores, como o fundo investidor em títulos Pacific Investment Management, fornecedores como as companhias de serviços de petróleo Schlumberger NV e sua empresa irmã, a OSX Brasil.

Texto atualizado com mais informações às 19h18min do mesmo dia.

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